Elementos

domingo, 27 de dezembro de 2009

Espírito de Sacrificío

Em espírito de sacrifício

Caros amigos para mim espírito de sacrifício, é tudo aquilo que não me apetece fazer, mas faço. Nem sempre as coisas que me aparecem na vida são rosas, mas nem por isso eu as deixo de fazer. É assim que eu vou levando tudo o que faço, mesmo que essas coisas às vezes me provoquem um pouco de mau estar, ate às vezes dor.
Mas luto por elas.
É isto que me faz ser forcado há algum tempo. O espírito e a amizade que tenho a este mundo nunca me fizeram baixar os braços, lutar pela minha causa, é puro e vale a pena, um dia vou ter a minha recompensa.
Por isso peço-vos a todos, além da amizade que vos une, o espírito de sacrifício é bastante importante e crucial num momento tão importante das vossas carreiras.
Ser forcado não é só fadarmo-nos, pegarmos toiros, ser forcado é ter espírito de amizade, saber respeitar os mais velhos, respeitar o nosso mais próximo. E quando tivermos que dar o nosso melhor ,dar, estar sempre ao lado uns dos outros mesmo que para isso tenha que me aleijar a serio.
É assim a vida do forcado e é por isto que nem todos o podem ser.
Saber estar no mundo dos touros não é saber avaliar as lesões que podemos vir a ter, mas sim saber como as podemos evitar. Para que todos estejamos bem temos que ter a moral em cima para isso é essencial ,o companheirismo e o amor ao grupo.
Por isto e muito mais peço a todos que levantem a moral de quem está mais próximo, de forma que a moral de todos e do grupo esteja cada vez mais alta.
Há treinos duros, então queremos mais .
Há lesões, então vamos tratar delas para estar bom para a próxima.
Houve coisas que não correram bem neste treino então vamos reflectir e para o próximo não vão acontecer.
As vacas eram más? No próximo podem ser piores e nós temos que lhes dar a volta.
O sacrifício foi grande, não foi nada ,para a próxima ainda posso ter de fazer maior.
QUERO SER FORCADO
Então tenho que enfrentar tudo isto.
BORA RAPAZIADA

UM ABRAÇO

UM BOM ANO
PARA TODOS E PARA AS VOSSAS FAMÍLIAS
PARA TODOS UMA BOA TEMPORADA 2010
QUE DEUS ACOMPANHE A TODOS


MANUEL ALMODÔVAR

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Festa de Natal do Grupo - Por Joaquim Estevens


Festa de Natal 2009
Para o Grupo de Forcados Amadores de Beja o dia 12 de Dezembro de 2009 foi certeza de futuro, convívio, balanço, reconhecimento e agradecimento. Com esta panóplia de predicados, o Grupo realizou da melhor forma (outra coisa não seria de esperar) a sua Festa de Natal e dizemos festa e não jantar, já que, ao longo do dia foram várias as actividades que envolveram grande parte dos seus elementos, culminando as mesmas, isso sim, com um óptimo e agradável repasto, em local digno e de cuidada arrumação.
Cedo começou a jornada, rumando o Grupo, seus acompanhantes e amigos, para as bandas de Vila Nova de São Bento, mais propriamente, até à Herdade do Outeiro, propriedade da família Varela Crujo, onde pastam reses bravas e equinos que ostentam o seu conhecido e conceituado ferro. Com um dia primaveril, claramente (infelizmente) em contraste com a data do calendário e com uma moldura envolvente verdadeiramente taurina e equestre, deram os rapazes do grupo de Beja a sua melhor colaboração na ferra dos poldros daquela coudelaria, a qual, tem dado excelentes exemplares em actividade na tauromaquia nacional: Esperamos e desejamos, que os animais agora ferrados trilhem os caminhos dos seus irmãos genéticos. Terminada a ferra dos poldros e porque as energias não se haviam esgotado, havia que aproveitar o dia e continuar com boa disposição e alegria, depois dos poldros, as vacas bravas. Obviamente, sob o comando e experiência do cabo Manuel Almodôvar, realizou-se aquele que foi o primeiro treino da temporada: ainda que em jeito de brincadeira, confirmaram-se valores ,revelaram-se e apresentaram-se alguns elementos , jovens, dispostos a engrossar o GFAB.
Terminada a jornada de campo, seguiu-se o esperado e agradável convívio, entre actuais, futuros, antigos forcados, familiares, acompanhantes, amigos, aficionados, enfim, o encontro da já vasta família que é o Grupo de Forcados Amadores de Beja e que estamos em crer continuará a aumentar, dado o espírito fraterno reinante no seu seio: Bem-haja esta família que se quer numerosa e sempre presente, motivando e ajudando como melhor lhe aprouver esta turma de destemidos e briosos rapazes que envergam a jaqueta das ramagens.
À laia de balanço, falou-se aqui e ali, desta e daquela corrida, desta pega, deste ou daquele momento, mas felizmente, nada que ensombrasse a prestação do GFAB ao longo de 2009, tendo pegado em dezoito corridas e sido nomeado para o conjunto dos grupos revelação da temporada, tudo isto foi motivo de indisfarçável orgulho e não menos satisfação.
Já aqui dissemos varias vezes, todos os elementos do Grupo são importantes e todos eles se inserem num vasto conjunto de pessoas que formam uma realidade que se deseja perene e não passageira ou provisória: Essa realidade é o GFAB, que possui um conjunto de rapazes com muito valor e louvável dignidade. A exemplo do ano anterior e sem querer esquecer a boa prestação de todos os seus forcados, houve na temporada de 2009, figuras que muito justamente mereceram destaque especial: Juventude, entrega, revelação, amizade e forcado do ano, foram as distinções entregues, quase se pode dizer, numa passagem de testemunho.
Seria estar a meter a foice em seara alheia, mas ousamos afirmar, não nos surpreenderam as nomeações, concordamos com elas em absoluto: O prémio juventude assenta plenamente no promissor (como já várias vezes temos dito) Miguel Nuno Sampaio, tal como na pessoa que lhe fez a entrega: Bento Quadros e Costa. O forcado José Maria Horta encarregou-se de passar o testemunho, Prémio Entrega, a Mauro Lança. Se em 2008, Álvaro Sampaio recebeu o prémio revelação, este ano, esse galardão seria muito justamente entregue a Hugo Santana, o qual ao longo da temporada trilhou um caminho em tudo conducente e de previsível destaque. A amizade é um dos sentimentos mais nobres que merece ser a todo transe posto em relevo: Assim e porque ela é um verdadeiro exemplo, o cabo Manuel Almodôvar entregou este simpático prémio a um forcado que não sendo de Beja, aqui se radicou e tem granjeado a amizade e estima de todos os que com ele privam: o forcado Jeremias Távora. E se nos encontrássemos numa sala de entrega de Óscares, ouvir-se-ia aquele rufar dos tambores, tão característico do suspense das grandes revelações e anúncios. Faltava anunciar o Prémio Forcado do Ano…… e para entregar o prémio, tal como nas grandes galas, o antecessor faz a entrega ao nomeado do ano; assim o forcado João Fialho teve o privilégio de entregar o prémio ao forcado José Miguel Falcão: foi sem qualquer margem de dúvida, uma distinção justa e motivadora, já que teve ao longo da temporada, prestações com muito empenho, de elevado mérito e valor amplamente notadas e reconhecidas pela aficion . Pela nossa parte, parabéns a todos os homenageados; por aquilo que conhecemos deles , estamos certos que as distinções não os envaidecem, antes os responsabilizam ainda mais .Saber reconhecer e agradecer são virtudes que enobrecem quem faz da sua prática uma constante e se afirma com sinceridade e humildade: isso temos visto e registado com muito agrado no Grupo de Forcados Amadores de Beja. Com inteira justiça e a titulo póstumo, foi lembrado o grande aficionado, Alentejano e homem da Festa, José Baptista da Cruz e Crujo. Pela disponibilidade e colaboração que sempre prestaram ao Grupo, foi manifestado publico agradecimento aos representantes das ganadarias Brito Paes, Varela Crujo e António Lampreia, sendo entregue a cada um, uma pequena, mas singela lembrança. Pessoas há, que desde há muito emprestaram, desinteressadamente, o seu enorme prestígio ao Grupo de Forcados Amadores de Beja: Assim sendo, este institui-o e bem, o prémio Prestigio para lembrar e homenagear quem no seu entender melhor se coadunasse a essa condição. Se todos os prémios ou distinções mereceram palmas, aplausos e ovações, o Prémio Prestigio, aplaudido de pé, foi atribuído com um elevado sentido de justiça, louvor, carinho e agradecimento à Exma. Senhora D. Maria de Fátima Brito Paes, figura incontornável na vida do Grupo, desde o seu reaparecimento. Igualmente correcta a entrega deste merecido prémio, pelo seu anterior titular, o cabo fundador João Marujo Caixinha. A hora ia avançando e terminada a fase da entrega dos prémios e menções honrosas seguiram-se algumas intervenções de circunstância e alusivas à data e ao Grupo, por parte de convidados, familiares e antigos forcados, cuja descrição aqui seria fastidiosa e inoportuna, já que foram tónicas comuns as referencias à amizade salutar e os votos de futuros êxitos para o GFAB. O Cabo Manuel Almodôvar, encerrou o convívio com palavras de incentivo e amizade para os seus rapazes pensando já na próxima época.
Não podemos terminar este apontamento, sem endereçar uma palavra de agradecimento a todos aqueles que tiveram ao longo do ano a paciência de nos ler e ouvir: Tentámos ao longo da temporada, alimentar da melhor forma “esta folha” de comunicação (se assim se pode chamar), desinteressada e despretensiosamente: Certamente cometemos alguns erros ou lapsos; aceitem, foram involuntários. Despedimo-nos, com “aquele abraço”, até para o ano, desejando a todos: forcados, aficionados e Exmas. . Famílias um Santo e Feliz Natal e que o Ano de 2010 seja para todos , o Ano de todos os êxitos : Até lá …… Sorte para TODOS ! Um abraço do Joaquim Estevens

sábado, 5 de dezembro de 2009

GFA Beja a dar o exemplo - Noticia www.tauromania.com


Sendo um dos Grupos mais recentes, com duas temporadas no activo, o GFA de Beja quer dar o exemplo no que diz respeito á segurança dos seus elementos. Para tal chegaram a acordo com quase todos os Comandantes de Bombeiros do Distrito de Beja no sentido de terem o apoio dos bombeiros locais aquando da realização dos seus treinos.

A estreia desta iniciativa será já no próximo dia 12 de Dezembro, na Ganadaria Varela Crujo, em Serpa, onde vão estar presentes os bombeiros locais, com uma ambulância, equipada com o mesmo tipo de equipamento de primeiros socorros que estão presentes (por regulamento) nas Corridas de Toiros.

Manuel Almodovar, Cabo do Grupo de Beja, pretende desta forma "minimizar os riscos destes treinos e em conjunto com os bombeiros locais conseguir dar maior segurança, dentro do possível, neste tipo de treinos. Gostávamos de dar o exemplo com esta iniciativa, mostrando que é possível organizar com as entidades locais este tipo de medidas preventivas".


By: http://www.tauromania.com/

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Treino e jantar de Natal



No dia 12 de dezembro será o jantar de natal, o qual envio em anexo.
Nesse mesmo dia pelas 8h30 minutos realiza-se um treino do Grupo de forcados de Beja na herdade do Outeiro Ganadaria Varela Crujo.
Espero contar com a tua presença pois este treino é bastante IMPORTANTE para o Grupo
Concentração as 7h no Mira Gare (restaurante perto da estação dos comboiosem Beja por Baixo da antiga Discoteca pandora)onde será servido um pequeno almoço.

Um Abraço

GFAB

Manuel Almodôvar


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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Entrevista do Nosso Cabo para www.tauromania.com





Neste segundo ano desde o renascimento do Grupo Forcados Amadores de Beja, a Tauromania fez um balanço da temporada, em conversa com o seu Cabo Manuel Almodovar.

Tauromania (T) - Chegámos ao final da temporada. Qual o balanço geral que fazes da época do Grupo de Beja?

Manuel Almodovar (MA) - O ano de 2009 foi para o Grupo de Beja um ano de afirmação. Depois do reavivar do Grupo em 2008, tinha-mos necessariamente que nos afirmar, impunha-se dar um passo em frente e mostrar à aficion que é isto que nós queremos: fazer com que o grupo venha a ter um lugar no mundo dos touros, é esse realmente o nosso objectivo.
Foi também um ano em que entrou muita rapaziada nova, o que é importante para o grupo.
Pegaram-se touros mais sérios, em corridas de mais responsabilidade.
A amizade entre todos os elementos ficou mais forte a união do grupo é cada vez mais uma realidade pois o grupo só tem 2 anos e muitos dos elementos só se conheceram na formação do grupo.
O balanço que faço relativamente à temporada de 2009 do Grupo de Forcados de Beja é sem dúvida positivo.


T - Quais foram os momentos que destacarias?
MA - Entre muitos momentos que nos marcaram e que foram essenciais para o nosso crescimento enquanto Grupo de Forcados, gostaria de destacar o facto de termos pegado com grupos como o Real Grupo de Forcados Amadores de Moura e com o Grupo de Forcados Amadores Académicos de Elvas, grupos com os quais ainda não tínhamos tido a oportunidade de partilhar cartel.
Pegamos em Beja, na que consideramos a nossa Praça, e ao mesmo tempo tivemos o privilégio de compartir cartel com o grupo de Montemor, corrida que nos impôs bastante responsabilidade, mas que também nos proporcionou uma boa tarde de touros.
Já em final de temporada, tivemos a oportunidade de viver um momento único, ao reunir na Praça de Beja antigos e actuais forcados do Grupo, e ao mesmo tempo podermo-nos associar a uma causa solidária da nossa cidade.

T - Em termos estatísticos já tens alguns dados que nos possas dar?

Forcados de caras
Zé Miguel 8 (11 tentativas)
Hugo Santana 6 (7 tentativas)
Mauro Lança 5 (12 tentativas)
Ricardo Castilho 4 (5 tentativas)
João Fialho 4 (7 tentativas)
1ª Ajudas
Álvaro Sampaio 17
Rui Saturnino 10
Jeremias Lencastre e Távora 6
Augusto Silva 6
Rodrigo Chaves 3
Pegaram-se 18 Corridas em 16 Praças de Toiros, num total de 43 Toiros e com uma média de tentativas 1. 8


T - Como analisas o momento geral da tauromaquia?

MA - Na minha perspectiva, o panorama taurino nacional atravessa um bom momento, atestam-no factores como por exemplo o facto de nem a tão falada crise ter conseguido influenciar negativamente o número de espectáculos, que em 2009 se manteve, e onde cada vez mais é notória a aficion dos portugueses, sendo de destacar a forte presença de público de camadas mais jovens.
A crescente aposta das entidades locais na remodelação das Praças existentes, provendo-as de melhores condições, bem como a inclusão de espectáculos tauromáquicos nos programas de feiras e certames, a par de o desenvolvimento do associativismo no sector, são, quanto a mim, elementos que contribuem para o actual momento que atravessa a tauromaquia em Portugal país.


T - Existem actualmente mais de 40 Grupos de Forcados. O que achas desta realidade, é positivo ou negativo?

MA - Grupos a mais é sempre negativo, mas quem somos nós para falar sobre esse tema, sendo que o nosso grupo tem apenas dois anos de existência.
Importante sim é que cada forcado queira zelar pela dignidade, respeito e a tradição da festa brava. Se todos os grupos dignificarem a sua jaqueta acredito que haja lugar para todos.
Está no seio de cada grupo saber respeitar e dignificar a tauromaquia Portuguesa.


T - Como vês o papel da ANGF na Defesa dos Forcados e da Festa? O teu Grupo tem tido um papel activo na associação?

MA - É sempre importante a união entre os forcados e por isso parece-me bastante importante que a associação vá impondo o seu lugar na festa coadjuvando os grupos de forcados, acompanhando-os em várias vertentes e zelando pelo bom desempenho dos mesmos na tauromaquia.
Não, o nosso grupo como é de conhecimento de todos ainda se encontra como pré associado.


T – Sobre a questão das bandarilhas de segurança, qual a tua opinião sobre os 3 protótipos apresentados em Évora?

MA - Todos eles apresentam uma boa solução.
Quanto a mim, o mais importante no meio de toda esta envolvente, é a dificuldade que os empresários, os ganadeiros e até os próprios toureiros têm em aceitar esta mudança.
Com esta iniciativa de Évora pode ser que este ano já se venha a assistir à introdução das novas bandarilhas em alguns espectáculos, que sem dúvida contribuem para maior segurança ao forcado.


T - A internet é hoje uma realidade na vida das pessoas. Mas na Festa ainda parece um pouco afastada. Como vês o papel da Net no futuro da Festa? E como é que o teu Grupo a utiliza actualmente?

MA - A meu ver a Internet está a evoluir a passos largos dentro da tauromaquia. A promoção do mundo dos toiros através da mesma é já uma realidade incontornável, graças a ela existe uma rápida divulgação de todos os espectáculos a realizar em Portugal e além fronteiras, divulgando igualmente notícias, eventos e informação variada sobre festa através de um crescente número de sites, páginas e blogs ligadas a vários intervenientes da festa.
Creio que no contexto de tecnologias de informação em que vivemos, inevitavelmente, a internet assumir-se-á como um meio de excelência para a divulgação da cultura tauromáquica, capaz de à distância de um “click” difundir informação a um universo ilimitado de utilizadores.
Quanto ao nosso grupo, é através de um blog (gfabeja.blogspot.com) que divulgamos todas as nossas actividades, publicamos crónicas, fotografias das corridas e toda a informação que consideramos relevante.

sábado, 21 de novembro de 2009

Texto escrito por o Antigo Cabo Luis Moura


É com o grupo que o Espírito se me Refaz

Sinto que é meu, dei-lhe muito entreguei-me de facto, sinto-o com alma e paixão,
mas... sendo absolutamente verdade, não é tanto assim. Esta análise é um tanto irreal
por quanto, o "Grupo de Forcados Amadores de Beja" é de todos os que em todo o
tempo vestiram aquela jaqueta de ramagens e calção de anta com marca da nobre capital
do baixo Alentejo. Quando um Forcado se farda num grupo ama-o, quando ama, sente-o
como dele. Sem dúvida, o que tanto nos vangloriamos como sendo nosso – o Grupo – é
o mais expressivo estandarte desta região nacional, é o orgulho de todos nós.
Tive a felicidade de pegar touros e de comandar o distinto agrupamento, honrei-me pelo
feito, afinal, é com o grupo que o espírito se me refaz. Por ventura, seguiu-me os passos
em tal responsabilidade o estimado amigo e grande pegador de touros, João Caixinha,
desempenhou funções no comando com enorme dignidade, também ele, se entregou de
alma em coração, por isso, merece de todos nós, da população e dos aficionados em
geral um elevado apreço e estima. Os meus respeitos João.
No anterior dia l0 de Outubro, passamos um enternecedor dia revimo-nos, abraçamo-nos,
Convivemos e matamos saudades, mais... fardamo-nos enfrentámos os "negros",
quero dizer, enfrentaram eles porque o meu desempenho estava destinado na parte de
dentro da trincheira, depois de "galhardamente" me mostrar nas cortesias, se me faço
entender.
Quanto ao espectáculo em si, o festival taurino em beneficência de umas das mais
nobres instituições de caridade portuguesas, a "Cercibeja" decorreu e resultou com uma
extraordinária nobreza, foi um grande feito, como só grandes homens sabem fazer.
Enormes foram todos os artistas, instituições, pessoal de serviço, entidades oficiais e
outros, que eu nem sei dizer quantos e quem foram, todavia não vamos esquecer o
público que aceitou o evento desde a primeira hora. Pena foi que não tivesse esgotado a
lotação
Não é só na arena que há lealdade de cada um para cada outro, além das arenas, há a
sociedade, há o sentimento, há a benemerência, há humanidade e há gosto de gostar de
toda a gente que vive com carências de diversa ordem. Por bem, seja dito.
Porém, devo exaltar o bem organizado jantar, quiçá 300 pessoas sentadas às mesas, as
mesmas que o arrumo mais parecia um jogo de xadrez antes de dar inicio ao jogo, o
colorido dos vestidos das meninas e senhoras presentes destacava-se , as caras bonitas e
alegres, os rasgados sorrisos, enfim, a alegria era geral, o que deu num notório
"glamour".
.Não interessa para o caso o que se comeu, era tudo bom, e pronto! O que sei bem é que
provámos, comemos, repetimos e com vergonha parámos. Pudera!..' Com aqueles
sabores e odores e na companhia de tão bons e queridos amigos, quem sabia parar de
ânimo leve?! Foi muito bom saborear a delícia da convivência e constatar os resultados
positivos que a "Cercibeja" usufruiu. Pior, pior, pior de tudo foi enquanto a parte
vinícola, - viva... viva e taça arriba, hurra... hurra e de novo braços no ar e não terá sido
só isso a complicar, é que para mim havia por diante mais de 200km. de asfalto para
tragar. Pois é, mas tinha que se descobrir a imperfeição da natureza, a inconveniência do
estimulante álcool. Nem tudo pode ser perfeito. Sempre dá mais jeito a água mesmo
cristalina que seja!
Todos os amigos forcados me devem perdoar, mas não resisto em exaltar a qualidade da
mesa que me tocou em sorte, isto, não menosprezando a qualidade de outros que estava distribuídos pelas outras mesas, a considerar: José Pedro Faro, Joaquim Brito Paes, José Aurélio, Carlos Caixinha, José Miguel saturnino, Carlos Patrício Alvares(Chaubet), (antiga gloria do Grupo de Lisboa), Jesus Lourenço(antigo cabo do Grupo de Vila Franca), os dois últimos também era críticos taurino e eu, no entanto, no deixo de acentuar diversas visitas à mesa do “Menino d`ouro”, ou melhor, João Trincalhetas.
De facto, a mesa era de respeito.
Pretendendo ainda, e se quis queres favores, deixar uma palavra de apreço e incentivo ao actual cabo, Manuel Almodôvar. Tenho-o acompanhado mais à distancia do que a corpo presente, devido à natural distancia que nos separa, mesmo assim estou inteirado da mais-valia e capacidade do jovem comandante de homens, que hoje leva o Grupo, estou por dentro das potencialidades, do amor que disponibiliza e à responsabilidade que entretanto assumiu.

Dito isto e sem mais, resta-me desejar os maiores sucessos ao Grupo na generalidade, felicidades, saúde e alegria a todos os familiares e amigos. E como estamos a entrar na quadra natalícia, desejo o melhor para toda a grande família do “Grupo de Forcados Amadores de Beja”, e também que o próximo Ano Novo entre a satisfazer todos os anseios em geral. Estes, são francos e ardentes desejos do vosso amigo


Luís Moura

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mensagem de fim de Temporada do Cabo


PALAVRAS DE FIM DE TEMPORADA
Acabou a temporada e graças a deus não foram muitas as lesões, no entanto não posso deixar de lembrar as lesões do João Filaho do Geremias, e do Mauro não podemos igualmente esquecer aqueles que este ano não poderam dar o seu contributo por terem eles também sofrido lesões anteriormente, como é o caso do Gonçalo e do Ruben.
Verificaram-se também lesões que não ocorreram nos touros, mas que igualmente nos bateram à porta, como é o caso do Luís Eugénio (Leiria) e do Miguel Lampreia.
“É assim”, a vida é assim mesmo. No mundo dos forcados tudo conta. A união e a amizade são necessárias e todos fazem falta, fisica e psicologicamente. Todos são importantes à sua maneira e cada um dá o seu contributo.
Foi uma temporada com altos e baixos. A principio um pouco atribulada, e azarada (“talvez”, “por vezes”), mas tudo passou. Gostei, foi muito bom e fico grato por ver que todos remaram para o mesmo lado, no sentido ascendente do nosso grupo. Todos mostraram vontade de querer fazer parte deste projecto e leva-lo em frente. Claro que à partes negativas. Houve pessoas que nos deixaram. A eles quero agradecer tudo o que fizeram por nós. Quero que saibam que irão ficar sempre no nosso coração “amigos para siempre”.
Os motivos para sair do grupo/deixar de ser forcado podem ser vários. Tem haver com a vida de cada um. Há sempre um motivo para sair, assim como uma altura para entrar, e esse é um dos pontos positivos, ter entrado muita gente nova.
A renovação cabe à malta jovem, que bem se destacou este ano, souberam aproveirar as oportunidades que lhe foram dadas.
O futuro só a eles pertence. Devem saber que todos os dias se aprende e nunca se sabe nada. Seguindo este principio torna-se mais simples saber ouvir e o saber ver o que é fundamental para poder aprender sempre mais. Estas são as qualidades de um forcado digno de representar o nosso grupo.
Este ano foi um ano importante para o grupo. Era preciso afirmar tudo que no ano passado se tinha feito. Era importante mostrar a todos que é isto que nós queremos, mostrar aqueles que um dia vestiram a nossa jaqueta que estamos cá para os representar, para dignificar as ramagens do grupo de Beja.

Todos nós somos privilegiados por saber o que viveram estes homens à 30 anos atrás. A eles um bem haja pois proporcionaram-nos um dos melhores momentos da nossa temporada. É uma honra fardarmo-nos ao lado de forcados com tanta qualidade e que tanto deram à forcadagem nacional. Foi um prazer junta-los todos e tentar perceber aquilo que lhes vai no coração. O espirito com que todos estiveram presentes novamente numa arena, mostra que “um forcado, só deixa de ser forcado, no dia em que morre”.

Um grande abraço a eles todos.

Um grande abraço ao Zé Pedro Faro que deu o seu corpo ao manifesto e voltou a honrar a nossa jaqueta.
Um louvor ao nosso cabo fundador, João Caixinha, que voltou a mostrar a sua valentia, coragem, e dedicação, pelo grupo, mesmo que isso lhe custasse uma grande lesão, ao tio João dejeso as melhoras e ofereço um abraço.
Resumindo foi assim a nossa temporada, sem falar da parte técnica, mas essa cabe ao touros e aos forcados e portanto não vale a pena referir.
Quero só deixar umas últimas palavras.

Não chega aquilo que fizemos, temos muito mais pela frente, preparem-se, mentalizem-se e nunca se esqueçam que a palavra chave do nosso grupo é a humildade”.

Desejo a todos os forcados um bom defeso e que Deus os acompanhe a todos .

Um abraço
Manuel Almodôvar

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ruedo Ibérico




O nosso grupo está nomeado para "Grupo Revelação" pela Revista Ruedo Ibérico. Para votar é necessário adquirir a revista, e nas primeiras páginas da mesma explica como votar.


domingo, 8 de novembro de 2009

Temporada 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Crónica do Festival de Beja por Joaquim Estevens

Apontamento referente ao Festival Taurino a favor da Cercibeja
O Grupo de Forcados Amadores de Beja, fazendo jus aquilo que sempre tem sido e será apanágio da gente da festa brava, emprestou com toda a honra e dignidade, o seu nome a uma causa filantrópica e de solidariedade, como foi o magnifico festival a favor da Cercibeja.
Está de parabéns a organização, que teve arte e engenho, para conceber e montar um espectáculo, a todos os títulos, muito simpático e agradável, o qual, tivemos oportunidade de constatar, mereceu do publico aficionado, ganadeiros e artistas, comentários muito positivos e elevadas manifestações de apreço. Pensamos que a aposta está ganha e sem querermos ser demasiado futuristas , ou meter a “foice em seara alheia”, bem pode começar a pensar já na edição de 2010, a qual, certamente poderá contar, uma vez mais, com o Grupo de Forcados Amadores de Beja.
Com uma tarde de Outubro, soalheira e de temperatura muito agradável, estiveram na centenária José Varela Crujo, os cavaleiros de alternativa Francisco Nuncio, Marco José e Filipe Gonçalves, os cavaleiros praticantes, Joana Andrade e Francisco Zenkl e o cavaleiro amador Mateus Prieto. Quanto aos animais lidados e por ordem de saída, foram gentilmente, cedidos pelas ganadarias Lampreia, Santiago, São Martinho, Condessa de Sobral, Lupi e Brito Paes. Da ganadaria Varela Crujo e Irmão veio o jogo de cabrestos.
Todos os cavaleiros tiveram actuações de bom nível e consentâneas com os novilhos / toiros que lhe tocaram em sorte, sendo que todo o curro lidado cumpriu sem desmérito. Francisco Núncio, no seu estilo clássico agradou e Marco José esteve toureiro, lidando e superando com garra e arte um Santiago de quatro anos. O jovem amador, Mateus Prieto, perante um Brito Paes, mostrou vontade e já muito saber, quer a cravar quer a sair, empolgando o publico com toda sua juventude e voluntarismo.
Como o cartaz anunciava, o Grupo de Forcados de Beja, pegava em solitário, recordando as suas velhas glórias: também aqui, o êxito do evento foi nota alta. Velhos e novos, antigos e actuais, estiveram em dia pleno de convívio e camaradagem, que se prolongou noite fora recordando, com saudade, tardes e noites de há três décadas. Na praça, foi bonito e notável, o desconforto de alguns calções e de algumas jaquetas, já que os seus forcados, há muito deixaram os ginásios e frequentam agora “outros treinos”; mas para pegar, lá estavam os mais novos, muito embora, alguns dos antigos não tenham resistido à emoção de saltar à praça.
Ricardo Castilho, entendeu-se com precisão, pegando à primeira tentativa, o novilho toiro de 380 Kg da Ganadaria António Lampreia. O antigo rabejador do Grupo de Beja, João Lira, quiz recordar os tempos de outrora, dispondo-se à função;. Alvaro Sampaio e Jeremias Távora ajudaram a preceito, com a colaboração do veterano Carlos Caixinha , a aparecer no sitio certo. Inspirado, esteve o Cabo Manuel Almodôvar, que quis marcar a sua participação na corrida da melhor forma: Brindando e dedicando às “velhas glórias”, pegou à primeira tentativa, o segundo da tarde, o Santiago: Nota alta para a sua pega; esteve com saber e à vontade. Uma vez mais, de serviço, a ajudar com brilho Alvaro Sampaio e Jeremias Távora e como a pega se completa com o rabejador, o antigo forcado, Joaquim Brito Paes, mostrou que ainda pode dar um jeito. O forcado Hugo Santana, cujas prestações ao longo desta época foram sempre em crescendo, também neste festival não deixaria os seus créditos por mãos alheias: Concretizando à primeira tentativa, mostrou-se confiado e com valor, recebendo de Jeremias Távora uma primeira ajuda de elevado nível, sendo que a dar as segundas estiveram o Alcides Cochilha e o Augusto Silva: Os veteranos António Costa e Luis Brissos, fizeram-nos recordar velhos tempos, sendo precisos e eficazes a fechar o grupo de forma experiente e sabedora.
Uma velha glória da forcadagem nacional, José Pedro Faro, quis ter a sua participação nesta tarde taurina: a ele se juntaram outros do seu tempo; José Lameira, Luis Blé e José Miguel Saturnino. Citando com técnica e galhardia, pegou à segunda tentativa o toiro de 400 Kg Condessa de Sobral. Ajudas de bom nível, dos forcados actuais, Jeremias Távora e Miguel Lampreia.
Não nos cabe a nós fazer promoções e ou distinções, mas, num conjunto existem sempre figuras que se destacam ou marcam um lugar: Na época que agora se encerra, a prestação do forcado José Miguel Falcão, entre outros, foi digna de registo: sempre com muito crer e força de vontade, sempre disponível e às ordens do seu Cabo para tentar resolver qualquer caso mais complicado. O Cabo Manuel Almodôvar, deu ao nosso “Fazinha” o quinto da tarde, tarefa que o forcado executou de pronto e á primeira, com aquele brilho e saber a quem já nos vem habituando. Também aqui os veteranos quiseram fazer a sua “perninha” e aproveitaram para recordar os tempos que já lá vão: Alberto Simões, João Galamba e João Lira, ajudaram a trás, enquanto Alvaro Sampaio e Kika Fonseca cumpriam mais à frente.
Ditou o sorteio que encerrasse o festival um novilho toiro da Ganadaria Brito Paes ,animal de excelente temperamento e bravura, que deu muito boa lide ao jovem cavaleiro Mateus Prieto, o qual cravou vistosos ferros em sortes frontais de bastante agrado do publico. Estava assim a finalizar o Festival Taurino a Favor da Cercibeja. Faltava que se pegasse o último da tarde e aquilo que se pode chamar a cereja em cima do bolo, estava guardado, para o Cabo Fundador do Grupo de Forcados Amadores de Beja: João Marujo Caixinha, dando corpo ao espírito dos veteranos, também ele quis, lembrar a sua experiencia no mundo dos toiros e a sua grande dedicação à forcadagem. Com viva emoção, brindou a pega aos seus netos e a todos os actuais forcados do Grupo de Beja. Citando com o seu característico estilo, concretizou à segunda tentativa, sendo ajudado por Jeremias Távora, Ricardo Soares e João Fialho. A rabejar, Joaquim Brito Paes, fez-nos recordar outros tempos.
Hoje, como há trinta e tal anos, muitos são os amigos que acompanham o grupo: Neste dia, que se quer histórico e de continuação, devemos aqui lembrar alguns amigos nossos, dos mais velhos é evidente, os quais sempre estavam com o grupo de forcados amadores de Beja: lembramos assim, alguns que já partiram….. José Augusto da Silva, Caetano Manteigas, Joaquim Galrito, Januário Amaro Luís, Joaquim Branco, João Ameixa e outros cuja memória nos falha. Felizmente e desse tempo, ainda cá temos o Luis Toucinho, o Amaro Lameira, o Francisco Soares (Cafeteira) e muitos outros que vão aparecendo de vez em quando.
Parabens ao Grupo de Beja e parabéns ao Manuel Almodôvar, quem tem tido arte e engenho para fazer renascer o Grupo de Forcados Amadores de Beja, que com muita simpatia e muita dignidade, tem sido sempre recebido em todo o lado com muito apreço e carinho. Como alguém disse um dia: existe uma grande diferença entre um Grupo e um bando. O Grupo de Forcados Amadores de Beja, para além dum grupo de moços que anda a agarrar toiros, é uma grande família que sabe marcar a diferença e dar o seu contributo e ajuda aos mais necessitados.
Foi agradável rever velhos amigos !
Para os forcados antigos e para os forcados actuais …… Sorte moços:
Um abraço do Joaquim Estevens 11.Out.2009

domingo, 11 de outubro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Crónica da Corrida de Viana do Alentejo por Joaquim Estevens

Apontamento sobre a Corrida de Viana do Alentejo
É impossível falar de Viana do Alentejo sem falar do majestoso e imponente santuário, implantado nas redondezas da vila, em honra de Nossa Senhora d’Aires: Existem várias lendas ou opiniões sobre as origens deste importante monumento de estilo barroco, que ocupa lugar de destaque no culto Mariano. Fiquemo-nos então, pela história mais recente, a qual nos parece ser a mais conforme com a actualidade, já que, são inúmeros os actuais visitantes ai levados, como então, pela sua fé. Cerca de 1740, grassando no Alentejo uma enorme epidemia de peste, as forças vivas da época e da região, prometeram à Virgem Senhora d’Aires, festividades caso a maleita desaparecesse, o que felizmente veio a acontecer. Debelada a doença e por gratidão à Senhora, realizaram-se festejos e arraiais durante três dias. Rapidamente e por toda a provincía e não só, se propagou a devoção, levando a que a cada ano que passava, maiores fossem os festejos com o consequente incremento, cada vez maior, de actividades mercantis, relacionadas com a envolvente social e económica do meio.
Viana do Alentejo é uma importante região agrícola, sendo a agro pecuária, um importante pilar económico para o concelho: É notório o elevado interesse pelas actividades equestres e tauromáquicas, que se manifesta por todo o concelho ao longo do ano. Assim e como atrás se refere e integrada nas festividades, romaria ou Feira, a que o povo há muito chama da Nossa Senhora d’Aires, realizou-se a 3ª Grande Corrida da Associação Equestre de Viana do Alentejo.
Na tarde de Domingo, com o Outono a pedir meças ao Verão em matéria de temperatura, para lidar seis novilhos / toiros, do ganadeiro Nuno Casquinha (Vila Franca de Xira), apresentaram-se os cavaleiros Luís Rouxinol, Victor Ribeiro e Filipe Gonçalves: Os Grupos de forcados de São Manços, Cuba e Beja, completaram o cartel. Estiveram em disputa dois troféus; respectivamente para a melhor lide e para a melhor pega. O antigo forcado, Agostinho Borges, dirigiu a corrida com saber e precisão.
Pelos cavaleiros, Victor Ribeiro, mereceu o voto favorável do júri: para os forcados essa distinção foi para o grupo de São Mansos. Pensamos que o publico e aficion presentes, aceitaram as decisões dos júris, as quais, não nos compete e nós discutir ou ajuizar.
Para o grupo de Beja, saiu o lote que tocou em sorte ao cavaleiro Filipe Gonçalves, que deu aos toiros a lide apropriada ás características evidenciadas: toureou com emoção e vigor, cravando com alegria em sortes frontais, deu vantagem aos toiros, executando em praça os seus já habituais e discutíveis adornos de equitação tauromáquica. Miguel Nuno Sampaio, que brindou a sua pega ao cabo fundador, João Marujo Caixinha , em dia de aniversário, não foi feliz à primeira tentativa, porquanto, não recuou quanto e como devia, pelo que não conseguiu suster o forte derrote do toiro: Logo de seguida, corrigida a postura e recuando com calma e determinação, bem fechado de braços e pernas, concretizou em segurança, devidamente ajudado por Álvaro Sampaio. Neste particular, houve algumas deficiências nas ajudas, que não primaram por chegar totalmente a tempo: Em nosso modesto entender, achamos que só a forma como Miguel Nuno se fechou, salvou e permitiu a consumação da pega. O cabo Manuel Almodôvar, entendeu, e bem em nossa opinião, testar e confiar aos mais novos a tarefa de ir à cara dos toiros nesta corrida; assim, Eduardo Morcela que já havia feito “uma perninha” com êxito na sua apresentação em Aljustrel, coube a tarefa de pegar o último da tarde, um picarso com o número 208, nascido em 2006. Dada a sua juventude, esteve à frente do toiro, com um misto de timidez, querer e valentia, que lhe permitiu consumar à primeira tentativa uma pega, com uma excelente primeira ajuda de Augusto Silva: Se a Miguel Nuno Sampaio, o grupo não esteve a ajudar no seu melhor, o mesmo não se pode dizer, na pega de Eduardo Morcela, onde a reunião foi pronta, firme e coesa. Em qualquer das pegas, foi vistosa a actuação do forcado António Merino, que rabejou com saber e precisão.
Sob o olhar protector de Nossa Senhora d’Aires, realizou o Grupo de Forcados Amadores de Beja, a sua 17ª Corrida da temporada de 2009: Confessemos sem falsa modéstia, que tal feito é motivo de justificado orgulho e satisfação para todos quantos andam nestas lides e vos acompanham desde a primeira hora. O evento que o Grupo se prepara para realizar e bem assim as razões que o determinam, decerto, muito irão contribuir para cimentar a amizade entre as gerações dos forcados do Grupo de Beja e bem assim mostrar a solidariedade de todos, numa causa tão nobre e humana, como é a Cercibeja.
Para rever amigos de outros tempos e para vos acompanhar como sempre, lá estaremos, “recordando velhas glórias”: Até lá …. E para lá ….. Sorte Moços !Um abraço do Joaquim Estevens. 28.09.2009

Galeria Fotográfica de Viana do Alentejo

sábado, 26 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Crónica da Corrida de Ferreira

Corrida de Ferreira do Alentejo: Feira Anual 2009.
Em tarde cinzenta e com meia casa forte, o Grupo de Forcados Amadores de Beja, teve actuação meritória e digna de registo. Aos forcados Hugo Santana e José Miguel Falcão coube a missão de pegar, respectivamente, o terceiro e sexto da tarde, lidados pelo cavaleiro Tito Semedo. Saiu à praça um curro da ganadaria espanhola, El Madroñal , composto por animais de três anos, com alguma apresentação, sendo que a bravura e nobreza não era o seu forte. O forcado Hugo Santana, a pegar na sua terra, concretizou à primeira tentativa uma pega com bastante valor técnico: esteve com à vontade e saber, fazendo jus ao valor e aptidão que vem demonstrando. Hugo Santana, o nosso popular “moldavo”, é o exemplo fiel da determinação e querer: Pela forma como tem evoluído e pela sua postura, estamos convictos, que a este forcado serão atribuídas cada vez mais responsabilidades.
A José Miguel Falcão, aquele forcado com alma e valor que este ano já teve por missão, dobrar com êxito alguns colegas, tocou em sorte, seguramente, o pior animal do lote: manso e desde cedo refugiado em tábuas, não permitiu ao cavaleiro qualquer brilho, procurando a todo o transe sair de lide. Se Tito Semedo, pouco ou nada conseguiu perante um opositor sem casta e abastardado, também ao nosso “Fazinha” lhe foi recusada aquela pega alegre e vistosa que dele se esperava; refugiado, colado à trincheira, nada respondeu aos vários sites do forcado e bem assim às tentativas de capote para sair ou ser colocado em sorte. A matéria prima era deficiente, pelo que José Miguel Falcão, teve que ensaiar uma pega que se pode chamar de recurso : Em sorte sesgada e com ajudas carregadas consumou com êxito.
Em qualquer das prestações, o grupo esteve coeso com realce para as primeiras ajudas de Alvaro Sampaio a Hugo Santana e de Augusto Silva a José Falcão. No final da corrrida foi notório o semblante de satisfação e alegria em todo o Grupo de Forcados Amadores de Beja. Esta corrida foi a todos os níveis uma excelente jornada, parecendo-nos que todos os elementos do grupo recuperaram força anímica e confiança para superar eventuais dificuldades que possam surgir neste final de época.
Avizinham-se duas corridas, com significados bem distintos para o Grupo: Viana do Alentejo, pela competição que se espera entre grupos e Beja pela particularidade de pegar seis toiros em solitário, na presença de grande número de antigos forcados do Grupo de Beja. Estamos certos que o Cabo Manuel Almodôvar, terá arte e engenho à altura de fechar com a chave de ouro, o segundo ano de vida do renovado Grupo de Forcados Amadores de Beja.
Agora que a época se aproxima do seu terminus e pelo que vimos ao longo destes dois anos, podemos afirmar que o Cabo Manuel Almodôvar e os rapazes do Grupo de Forcados Amadores de Beja, podem justamente aspirar a outros patamares mais elevados, porquanto, o caminho que têm trilhado sempre foi marcado com dignidade e humildade, predicados, infelizmente tantas e tantas vezes esquecidos.
O historial de um grupo é feito de corrida a corrida na conjugação perfeita de todos os seus elementos, quer na arena, quer na trincheira, quer na bancada, e tal como já aqui várias vezes temos referido, não há corridas fáceis ou de pouca responsabilidade e todos os elementos são importantes e a todos compete honrar com dignidade e nobreza , quer na praça quer fora dela, a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Beja, o qual, se pretende continue a ser uma família e uma escola de valores.
Porque vivemos intensamente este espírito fraterno, sem o qual, dificilmente nos entenderíamos, acompanhar-vos-emos até Viana do Alentejo, implorando a Nossa Senhora D’Aires, para lá e até lá ……Sorte Moços ! Um abraço do Joaquim Estevens !

domingo, 20 de setembro de 2009

Fotos de Ferreira

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Festival de Aljustrel

Elementos do Grupo de Beja em Aljustrel

Foi no passado dia 12 de Setembro, no Festival Taurino a favor dos Bombeiros Voluntários de Aljustrel, onde se lidaram seis toiros da Ganadaria S. Marco. Para quatro dos mesmo esteve em praça uma selecção de Forcados do Alentejo. Capitaneados por o forcado Rui Saturnino um elemento do nosso grupo. Também nesta tarde em representação do Grupo de Beja estiveram os forcados, António Merino, Francisco Silva (Nito), Diogo Brito Paes, Eduardo Murcela e Miguel Sampaio.
Para o quinto toiro da tarde pegou o nosso forcado Eduardo Murcela à primeira tentativa, com uma primeira do Rui Saturnino que nesta tarde representava a função de cabo. Para o sexto toiro da tarde pegou o Miguel Sampaio, apenas à terceira tentativa devido às condições do piso que impediram que ele recuasse.
Os restantes elementos do grupo desempenharam funções nas ajudas e também a rabejar.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Amizade pode ser como uma Árvore

Existem pessoas nas nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples facto de existir, de cruzarem o nosso caminho. Algumas percorrem uma verdadeira maratona a nosso lado, vendo o nascer do sol, a lua, etc… Outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigos. Há muitos tipos de amigos, é verdade!!!
Talvez cada folha de um “chaparro” caracterize um deles. Os primeiros que nascem, são o Pai e a Mãe que mostram o que é a vida, e logo em seguida vêm o querido irmão com o qual dividimos o espaço. Depois vêm a família de folhas, a qual respeitamos, e desejamos sempre o melhor.
Mas o destino reserva-nos outros amigos, os quais não imaginávamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos, os tais amigos do peito, do coração. São sinceros, honestos, verdadeiros… Sabem ver quando não estamos bem, sabem as tais pequenas coisas que nos fazem feliz.
Ás vezes, um desses nossos amigos do peito, estala o nosso coração, e assim ficamos a conhecer o amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, musica aos nossos lábios, pulos aos nossos pés, enfim.
Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez só por umas férias ou até mesmo por umas horas, esses durante o tempo que estão por perto, costumam deixar sorrisos na nossa cara.
Por falar em perto, também há os amigos distantes, os quais não podemos esquecer. Sim, aqueles que ficam na ponta dos ramos e dos pequenos galhos, os que só vemos quando o vento sopra, e se deixam mostrar por entre uma e outra folha. O tempo passa, chega ao fim o Verão, aproxima-se o Outono, e perdemos algumas dessas folhas.
Alguns voltam a nascer na próxima primavera, e por lá permanecem durante uma e outra estação. Mas o que nos deixa feliz, é que as que caíram continuarem por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria.
Atrevo-me a citar alguém, cuja minha ignorância não sei precisar: “Cada pessoa que passa na nossa vida é única. Deixa sempre um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.”
Por tudo isto, caras folhas amigas, está mais do que na hora, de estarmos unidos, de pensarmos mais no GFAB do que nas pretensões ou vadiices de cada qual, de absorver com as nossas raízes a preciosa água, em vez de a desperdiçar-mos com tolices, não vamos deixar as folhas caírem e a árvore morrer. Em primeiro lugar vêm sempre sempre sempre o GRUPO, não o individuo.
Hoje e sempre: PARABÉNS AO GRUPO DE BEJA
Mauro Lança 07/09/09

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Corrida da Fatacil (Galeria Fotográfica)

Crónica da corrida Fatacil por Joaquim Estevens

Corrida da Fatacil 2009 – Lagoa 22 de Agosto.

Em noite de verão, com uma temperatura agradável e com uma praça bem composta de publico ávido de festa, os cavaleiros João Moura, Joaquim Bastinhas, Tito Semedo e Bastinhas Jº, mostraram os seus predicados toureiros, ante um curro da ganadaria Varela Crujo e Irmão: Na tarefa das pegas, os forcados de Cascais, Elvas e Beja, estiveram em bom plano.
Corrida de toiros com bons momentos de emoção, ou não tivessem estado em praça dois dos maiores vultos, há muito consagrados, na tauromaquia nacional. Pelos forcados, boa participação e actuação de qualquer dos grupos.
Miguel Nuno Sampaio, uma vez mais, mostrou aquele forcado que quer ser: Com muito brio, força e à vontade, quiz numa primeira tentativa pegar um toiro de 4 anos , com córnea aberta, que ao longo da lide de Marcos Bastinhas, mostrou vários comportamentos, ora de investida franca, ora refugiando-se em tábuas. Não foi feliz à primeira, porquanto o toiro se arrancou pondo a cabeça em baixo, não permitindo ao forcado fechar-se convenientemente, despejando-o: Pareceu-nos ter havido aqui alguma ineficiência na actuação das ajudas, que se chegaram tarde. Se para algum publico menos conhecedor, a pega estava consumada porquanto não foi a todos visível o derrote que o forcado recebeu, o cabo Manuel Almodôvar, mandou e bem, em nosso entender, repetir a pega. Com o toiro colocado em terrenos mais adequados, Miguel Nuno, concretizou vistosa emenda, com seu primo Alvaro Sampaio a ajudar de forma categórica e sem reparos para o grupo, neste particular, já que, seguidamente aquando da participação do forcado Mauro Lança, no sexto da noite, muito haveria que dizer.
Num toiro, lidado a duo pelos cavaleiros de Elvas, o qual se manifestou colaborante de inicio, o qual viria no seguimento da lide a mostrar algum sentido e maldade, sempre de cara levantada e a procurar o braço dos seus castigadores, o forcado Mauro Lança não obstante, ter estado muito bem na cara não conseguiu concretizar: Diga-se em abono da verdade, e há que reconhecê-lo com humildade, este toiro não foi pegado à primeira tentativa, não por culpa do forcado Mauro Lança, que esteve valente na cara do toiro, citou e mandou, recuou com saber…… só que há toiros que tem de ser pegados e parados nas primeiras ou segundas, e este era o caso, e isso infelizmente não aconteceu. Há que referir e dizemo-lo com alguma mágoa, perdoar-nos-ão a frontalidade, já várias vezes temos visto as ajudas, traírem e condenarem excelentes prestações de forcados da cara: A Mauro Lança, infelizmente não é a primeira vez que tal sucede.
Pela violência da investida do toiro, Mauro Lança, não ficou em condições para realizar a emenda que se impunha. José Miguel Falcão, saltou à arena, disposto a resgatar a honra do grupo e bem assim levar de vencida a imobilização do toiro: Fê-lo com raça, com valor e técnica, aguentando derrotes e viajando na cabeça do toiro, bem fechado de braços e pernas, não com uma normal primeira ajuda de Álvaro Sampaio mas sim com uma ajuda verdadeiramente de primeira, facto que mereceu fortes aplausos do publico, premiando ambos com volta à arena juntamente com os cavaleiros. Se a Mauro Lança, faltou a coesão do grupo, o mesmo não aconteceria a José Miguel Falcão, que teve todo o conjunto a corresponder. Uma palavra de apreço para o forcado António Merino, que esteve bem a rabejar os dois toiros.
Serão talvez desculpáveis as deficiências evidenciadas pelo grupo, especialmente no seu conjunto a ajudar, devido ao bom número de corridas que este mês de Agosto nos trouxe e à existência de algumas “mazelas” em alguns dos seus elementos. Aproveitamos aqui a oportunidade, para enviar um abraço a todos, com os votos de rápidas melhoras, porque o grupo precisa de vós. Estamos certos que tudo será ultrapassado, com aquela força de vontade e dedicação a que já nos habituaram: Certamente, haverá outras alturas para balanços e correcções, sendo que agora há que continuar a dar o corpo “ao manifesto” e “jogar toda a carne para o assador”, em Ferreira ou Viana do Alentejo, com toda a humildade e valentia que sempre tem caracterizado o grupo de forcados amadores de Beja.
Para lá e até lá ………… Sorte moços !
Um abraço do Joaquim Estevens.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Crónica do Fim de Semana, por Sr Joaquim Estevens

Apontamentos do Fim de Semana Taurino
A bonita vila de Castro Marim recebeu no passado dia 14 de Agosto o Grupo de Forcados Amadores de Beja, o qual, participou na corrida de toiros que a empresa Toirolindo, promoveu naquela vila algarvia. Um curro de toiros Passanha, no geral com peso e apresentação foi lidado pelos cavaleiros João Salgueiro, Rui Fernandes, Filipe Gonçalves e Isabel Ramos; pela forcadagem, os grupos de Moura, Cascais e Beja completavam o cartaz.
Saiu para pegar o terceiro da noite, animal com três anos e de 480 Kg, lidado e bem pela cavaleira da terra, o forcado Aurélio Mendes. Consumou a pega à terceira tentativa: pensamos que não entendeu o toiro nas primeiras vezes que esteve na sua cara: as ajudas de Augusto Silva, Alvaro Sampaio e Rodrigo Chaves, foram de principio, insuficientes para compensar algum nervosismo e hesitação que o forcado evidenciou à frente de um toiro sem grandes rasgos de maldade e bravura. À terceira foi de vez, com ajudas carregadas e oportunas de forma a concretizar, com Miguel Nuno Sampaio a rabejar. Os aplausos devem receber-se com naturalidade e as voltas de agradecimento, em nosso entender, devem premiar actuações meritórias: assim e voltamos a dizer, em nosso modesto entender, julgamos ter havido algum exagero neste particular pelo forcado. Convém lembrar, farão o favor de desculpar o aparte, mas a humildade é como o caldo de galinha, nunca fez mal a ninguém! … Adiante … há sempre tempo para emendar e aprender.
Rui Fernandes e Isabel Ramos, lidaram a duo o último da noite, que ostentava o numero 618, de quatro anos e com 530 Kg. Estes cavaleiros, empolgaram a assistencia com a sua já característica forma de tourear, deixando ferragem de bom nível ao som da musica. O forcado José Miguel Falcão, popularizado com o simpático diminuitivo de “Fazinha”, num gesto de simpatia, amizade e reconhecimento, dedicou a pega a Francisco Cano, grande forcado, o qual em tempos que já lá vão, deu algumas tarde de êxito e glória ao Grupo de Forcados Amadores de Beja. Pega consumada à primeira tentativa, com muito brilho e rigor: o forcado, toureou e mandou e as ajudas estiveram como na gíria se diz “em su sitio” com todo o grupo mostrando coesão e vontade. Como atrás se disse, aqui sim: volta justa e merecida para cavaleiros e forcado que rubricaram uma actuação de bom nível. Dirigiu esta corrida, um homem da forcadagem: Agostinho Borges, antigo forcado do Grupo de Montemor, que num gesto simpático e louvável, faz sempre questão de cumprimentar os rapazes das jaquetas.
Cumpriu-se assim a segunda passagem dos Amadores de Beja, por Castro Marim: Relendo o apontamento do ano passado e pelo que acima de diz, estamos em crer e podemos afirmar, que o balanço é positivo e em nada desprestigia os seus elementos.
15 de Agosto dia de Santa Maria, feriado nacional desde há muito respeitado e guardado. Realizam-se nesta data e por todo o país, festividades populares e religiosas a que o povo acorre com manifesta alegria e emoção: assim e mantendo a tradição, integrada nas tradicionais Festas de Santa Maria e em Honra de Nossa Senhora de Assunção, anunciou-se “Grandiosa Corrida de Toiros” em Messejana, na Praça de Toiros “Padre Serralheiro”. Cabe aqui lembrar aos mais novos, que o senhor Padre Serralheiro, foi pároco local nos idos anos cinquenta, sendo pessoa muito estimada pelos seus paroquianos e que deixou obra feita: Aficionado de fino quilate, a ele se deve o redondel e outras obras de índole social.
Messejana, vila do concelho de Aljustrel, foi reconquistada aos mouros por D. Sancho II e o rei lavrador, D. Dinis, deu-lhe o titulo de concelho, condição que viria a perder há cerca de cento e cinquenta anos: Terra de aficionados e localidade a que por vezes nos referimos como tendo uma linda praia, recebeu-nos de forma alegre e prazeirosa:
Para lidar Seis Toiros da afamada Ganadaria Pinto Barreiros, compareceram os cavaleiros Joaquim Bastinhas, Tito Semedo e Marcos Tenório (Bastinhas Jº),sendo a função das pegas, da responsabilidade dos grupos de Cascais, Académicos de Elvas e Amadores de Beja.
Nem sempre é fácil atingir um pleno e neste caso, ou porque o dia foi manifestamente de muito calor, o curro Pinto Barreiros, ficou aquém das expectativas, já que o seu nome e tradição há muito habituaram os aficionados a bons espectáculos. Os toiros tiveram comportamentos desiguais, sendo de referir que o segundo, foi recolhido por manifesta incapacidade para lide. Quanto aos restantes, deixaram-se lidar, com a experiência e valor do clã Bastinhas a vir ao de cima. Tito Semedo, apagado no seu primeiro, recuperou e deu alguma emoção no seu segundo.
O Grupo de Forcados Amadores de Beja, teve nesta corrida uma prestação digna e elegante, com os forcados a executarem as pegas, consoante a matéria que lhes tinha tocado em sorte: Assim, Ricardo Castilho, limitou-se a “agarrar” um toiro mansote e sem investida, que se parou no momento da reunião, não permitindo ao forcado e ao grupo uma pega vistosa e com emoção, conforme se mostrou a citar. Hugo Santana, fechou a participação do Grupo nesta corrida. Citando de largo e com graça, conseguiu uma pega alegre e vistosa, com o grupo a corresponder na altura devida. Já aqui dissemos, é notória e gratificante a entrega e vontade deste forcado, o qual se vem manifestando de corrida a corrida, mais confiado e sabedor: Pelo seu brio, determinação e força de vontade, um exemplo a registar ! Parabéns Hugo… força. Recordamos aqui frequentemente, antigos forcados do Grupo: desta feita, um abraço especial para o Carlos Cirne, a quem o Hugo Santana, brindou a sua pega. Como sempre dissemos, é particularmente importante, o acompanhamento e presença dos forcados das outras gerações, em todas as realizações do Grupo: Com a sua amizade, com a sua experiência e do seu convívio, certamente brotarão forças e talentos para os mais novos poderem continuar a defender e honrar com toda a dignidade a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Beja.
A próxima apresentação será em Lagoa (Algarve), cartaz de responsabilidade, onde o grupo saberá estar. Até lá e para lá ……. Sorte Moços !
Um abraço do Joaquim Estevens.

sábado, 15 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Corrida de Beja (Galeria Fotográfica)

Crónica das Corridas do Fim de Semana/ por Sr Joaquim Estevens

Fim de semana taurino:

Bem pode dizer-se que o passado fim de semana, foi de intensa actividade para o Grupo de Forcados Amadores de Beja, já que, Sexta Feira a 6 e Domingo a 9 de Agosto, o Grupo pisou as arenas de Figueira de Cavaleiros e Beja.
A já tradicional Feira do Melão, realizada naquela freguesia do concelho de Ferreira do Alentejo, é um agradável certame de exposição e vendas de frutos da época, produzidos naquela região, na qual e muito bem, não faltam os mais variados e alegres convívios e parafraseando o adágio popular “não há festa nem dança onde não esteja D. Constança” e assim sendo, lá esteve e bem, inserida no programa dos festejos, a festa de toiros, a qual, como já bastas vezes tivemos oportunidade de afirmar é uma importante manifestação popular da cultura ibérica.
Cuidou a organização de montar um cartaz simpático, o qual, incluía a cavaleira Ana Baptista seguida dos cavaleiros Filipe Gonçalves e Marcos Tenório (Bastinhas Jrº), para lidar um curro de seis novilhos / toiros da ganadaria espanhola Millares (?) e
para cumprir a tarefa e função das pegas, os Grupos de Cascais, Cuba e Beja. Aguardava-se com natural expectativa este curro de toiros, porquanto se desconhecia a sua origem e linhagem: cumpriu no geral sem grandes evidências de casta e bravura.
Em atitude louvável e que daqui aplaudimos, o Grupo de Beja, dedicou a sua primeira pega ao grande aficionado bejense Luís Toucinho, figura grada do mundo tauromáquico (apoderado de vários cavaleiros de alternativa) e muito ligado ao Grupo de Forcados Amadores de Beja, no tempo em que era cabo João Marujo Caixinha. Após as palavras de circunstância, justamente dirigidas ao homenageado, o forcado
Ricardo Castilho, bem ajudado por Augusto Silva, pegou de forma vistosa e à primeira um animal de 460 Kgs. Em viagem na cabeça do toiro até quase às tábuas, aguentou de forma exemplar alguns derrotes, com todo o grupo a segurar e a aguentar bem: Miguel Nuno Sampaio, rabejou da forma possível (já lhe temos visto melhor em piores condições). Para fechar a actuação do Grupo de Forcados Amadores de Beja e bem assim a corrida, o forcado Hugo Santana fez jus ao valor e saber que vem demonstrando. Esteve bem a citar e bem no momento da reunião: consumou à primeira tentativa e sem grande dificuldade, uma pega que antes brindara ao seu colega e amigo, o forcado João Fialho, o qual, se encontra a recuperar de lesão sofrida na corrida da Vidigueira. Miguel Nuno Sampaio, teve neste toiro, oportunidade que aproveitou, para rabejar com muita graça e técnica.
Tudo corre bem quando acaba em bem e este foi o caso: Em Figueira de Cavaleiros os forcados de Beja não terão tido uma noite de glória com um retumbante êxito, mas tiveram com toda a certeza, uma actuação digna de menção honrosa e fortemente motivadora para todo o grupo e seus devotos acompanhantes, já que, se aproximava o dia 9 de Agosto e por todas as razões e mais algumas o moral devia estar em alta.
Há um ano por esta altura, dizíamos que a Praça José Varela Crujo estava para o Grupo de Forcados Amadores de Beja, como o Cabo da Boa Esperança esteve na altura para os navegadores portugueses. Estamos em crer que a analogia não pecou por excessiva, já que foi importante a apresentação do Grupo na praça maior da nossa terra e, iniciou-se a partir de então, uma nova e mais dura etapa na sua vida.
Comemorando-se o 1º Centenário da praça, a qual, é desde 1988, designada por Praça José Varela Crujo, pelas razões que todos conhecemos, era justo e esperado que os Amadores de Beja, fizessem parte integrante do cartel da corrida comemorativa.
A empresa fez anunciar “Um Cartel de Luxo a Não Perder: Seis cavaleiros, três grupos de forcados e Seis Imponentes Toiros”. Sendo a adjectivação da responsabilidade da organização, apresentaram-se em praça os cavaleiros de alternativa, António Telles, Rui Salvador, Tito Semedo, Marco José, Filipe Gonçalves e António Brito Paes, acompanhados das respectivas quadrilhas. Da ganadaria António Silva, chegou um curro de seis animais com boa apresentação, presença e peso a rondar os 500 Kgs, que no seu geral, cumpriu de forma colaborante, não causando aos forcados problemas de difícil resolução, porquanto quase todos os animais se manifestaram de investida pronta e franca. Os Grupos de São Mansos, Cuba e Beja completaram pela ordem devida as lides dos cavaleiros.
Como atrás se referiu, o Grupo de Forcados Amadores de Beja, vinha duma corrida com força anímica e com garra para defender com dignidade o seu nome, pretendendo rubricar uma actuação meritória.
Um toiro, apresentado com 515 Kg de bom aspecto e com córnea larga, lidado pelo cavaleiro de Ourique, coube ao forcado Mauro Lança, que o pegou à segunda tentativa de forma alegre e vistosa, onde foi importante o papel do primeiro ajuda, Alvaro Sampaio. A pega foi executada à segunda tentativa, porquanto à primeira, o toiro não foi fixado devidamente, arrancando-se solto para o forcado, característica que haveria de manter na tentativa seguinte, mas que o forcado corrigiu com brilho e talento. Num gesto bonito e digno de registo, esta pega foi dedicada, no dizer do forcado, a todos os antigos forcados do Grupo de Beja.
Num curro que se apresentou de forma geral colaborante, dócil e com nobreza, ditou o sorteio, que o último da noite com cerca de 470 Kg., para o cavaleiro Brito Paes, fosse a excepção, evidenciando alguns problemas, quer no cavalo quer no capote, não raras vezes, refugiado em tábuas. O forcado Alcides Cochilha, entendeu chegada a sua hora deixar a forcadagem, pelo que saltou á arena com toda a raça, disposto a fazer uma pega que deixasse lembrança na sua despedida. Um toiro difícil e com o forcado várias vezes a pisar-lhe os terrenos, arrancou-se tardiamente e de forma violenta, tendo o forcado aguentado fortes derrotes, quase na eminência de uma aparatosa saída, não fossem as ajudas sábias e eficazes de Rui Saturnino, Augusto Silva e Luís Fonseca. José Maria Brito Paes, rabejou de forma vistosa e com saber. Estamos em crer que Alcides Cochilha despiu a jaqueta da melhor forma, mas não se despediu: O Grupo de Forcados Amadores de Beja não deixa; a sua experiência, aliás, como a de outros, é muito importante. Parabéns Alcides … até sempre!
Bom, este fim de semana taurino, como lhe chamámos de inicio, já terminou: Em jeito de balanço e sem vaidade ou falsa modéstia, pensamos que o Grupo cumpriu…mas outros fins de semana taurinos se avizinham e parafraseando alguns treinadores de bancada: prognósticos só no fim do jogo! Quanto a nós e como sempre temos dito: Não há corridas fáceis; Há corridas e há que encarar todas com o mesmo sentido de responsabilidade. Até lá e para lá:
Sorte moços ………… Um abraço do Joaquim Estevens !

sábado, 8 de agosto de 2009

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Crónica da Corrida de Entradas

ENTRADAS – X GRANDE CORRIDA RÁDIO CASTRENSE – 24 DE JULHO.

Pela segunda vez, o Grupo de Forcados Amadores de Beja fez cartaz na já tradicional corrida de Entradas, a qual, afirmada no calendário tauromáquico da nossa região, se insere nas festividades locais em honra do seu santo padroeiro: Santiago!
Parabéns à Rádio Castrense, que vem, desde há anos, promovendo e divulgando a festa de toiros, não se poupando a esforços de vária ordem, para compor os cartazes com figuras de primeiro plano.
António Telles, Tito Semedo e António Maria Brito Paes, lidaram na edição de 2009, um curro de toiros Cunhal Patrício: Os grupos de forcados de São Mansos e Cascais, dividiram com os Amadores de Beja a tarefa das pegas.
Dois prémios em disputa: Melhor lide a cavalo e melhor pega.
Os Cunhal Patrício, deram boa conta de si, mostrando presença e bravura q.b. possibilitaram a cavaleiros e forcados actuações de bom nível: Na lide a cavalo, António Maria Brito Paes foi o justo triunfador, com destaque no ultimo da noite, que toureou com muito saber e arte. O júri, atribuiu o prémio para a melhor pega, à prestação do Grupo de São Mansos no quarto da noite.
Respeitando a ordem da antiguidade, tocaram ao grupo de Beja, o terceiro e o sexto da noite. José Miguel Falcão, citando bem e com à vontade, não conseguiu quer à primeira, quer à segunda, concretizar a pega, vindo a consegui-lo à quarta tentativa, em sorte de recurso e a sesgo com ajudas notoriamente carregadas. Em nossa modesta opinião, pensamos que o toiro não foi, desde inicio, colocado no melhor sitio o que em muito dificultou a consumação eficiente da pega, na primeira e segunda tentativa: Um reparo para as ajudas que ao contrário do que se esperava e precisava, não foram prontas e eficientes, evidenciando algumas faltas que urge corrigir e que por certo no futuro não se verificarão.
Com o publico notoriamente satisfeito e encantado pela excelente actuação do jovem cavaleiro Brito Paes, no sexto toiro da corrida, caberia ao forcado Hugo Santana (o nosso moldavo) a missão de fechar o espectáculo da melhor forma, executando à primeira tentativa, uma pega vistosa e tecnicamente perfeita, com a ajuda impar de Alvaro Sampaio secundado por todo o grupo de maneira precisa e coesa.
Já aqui, tal como em outras ocasiões, temos dito que nem sempre as coisas correm bem ou hão-de correr sempre bem, mas nem por isso o Grupo, pode ou deve baixar o seu empenho e dedicação; Há que transformar os desaires em lições e ensinamentos para o futuro com vista a vencer outras dificuldades. É necessário que todos quantos envergam a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Beja, tal como todos aqueles que o acompanham, tenham absoluta consciência que não há corridas fáceis ou de menor responsabilidade. Estamos certos, que tal como até aqui, o Cabo Manuel Almodôvar, saberá congregar à sua volta, forcados com força e valor para levar de vencida as próximas corridas e alcançar os merecidos êxitos. Ante a vaidade bacoca de alguns e o espírito derrotista de outros, o Grupo de Forcados Amadores de Beja, estamos em crer, apresentar-se-á com humildade e redobrada confiança !
Avizinha-se o mês de Agosto e como atrás se disse, não há corridas fáceis ou dificeis: Há corridas ! Na Figueira, em Beja, em Castro Marim ou em Messejana … disfarçando o nosso “nervoso miudinho” lá estaremos convosco incentivando-vos e apoiando-vos sempre; Até lá ……… Sorte Moços !
Um abraço do Joaquim Estevens

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Vídeos das Pegas na Corrida da Vidigueira

Se desejar ver os vídeos das pegas da corrida de toiros que se realizou na Vidigueira, no passado dia 11 de Julho de 2009, pode ver em: www.touradas.no.sapo.pt

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Crónica da corrida da Vidigueira

2ª Grande corrida Vila dos Gamas – Vidigueira .

Anunciou-se e realizou-se ao décimo primeiro dia de Julho, pelas dezanove horas, a segunda grande corrida, intitulada de Vila dos Gamas e integrada na Feira de S. Tiago, daquele concelho e da simpática vila alentejana: Vidigueira.
António Telles, Vítor Ribeiro e Ana Baptista, repartiram entre si a função da lide a cavalo, já que para as pegas, os forcados de S. Mansos, Cuba e Beja, compunham o cartaz. Saíram à arena, seis toiros com ferro da ganadaria S. Martinho: É hoje frequente, usar-se a expressão: todos diferentes, todos iguais. Foi quase isso que se presenciou na Vidigueira; animais de pelagem clara, com carne e peso e no geral, com boa apresentação, mas quase todos a descambar para a mansidão e pouca nobreza, mais interessados no capote e nos forcados, obrigando os cavaleiros a redobrados empenhos para a distribuição e colocação das respectivas ferragens. O cavaleiro de Coruche, António Telles, muito embora as deficiências dos seus opositores, cumpriu e sacou as lides possíveis, já que não teve à sua disposição matéria prima que lhe possibilitasse uma actuação como já muito lhe temos visto. Menção honrosa para Victor Ribeiro, no seu primeiro e segundo da tarde, que ao cravar dois ferros curtos de elevado nível em sorte frontal, toureou com musica e escutou fortes aplausos. A cavaleira Ana Baptista, esteve nos dois que lhe tocaram em sorte, com valor e arte: Toureou e encantou, particularmente, no último da tarde, no qual rubricou uma actuação de elevado gabarito, à qual e por certo não é alheio, o voluntarismo e à vontade do seu cavalo Irmãos Serrano.
Da Vidigueira, saíram nomes grandes e que muito brilharam a pegar toiros nos mais variados grupos de então, cabendo aqui lembrar os forcados António Maltez, José Maltez, António Mendes Pinto, José Pedro Faro, Carapeto Madeira e Armando Vidigueira (outros terão havido certamente e que não nos ocorrem de momento): Assim sendo, a Organização da Corrida, muito justamente, instituiu e pôs e disputa, um prémio para a melhor pega: TROFEU ANTÓNIO MALTEZ, forcado de referencia, cujo valor se encontra gravado na memória dos aficionados mais velhos de todo o Alentejo.
O Grupo de Forcados Amadores de Cuba, por intermédio do jovem Célio Santos, conquistou merecidamente este prémio, não obstante, ter consumado e finalizado a pega à segunda tentativa: citou de largo, com alegria e saber, sendo ajudado por todo o grupo de forma correcta e eficiente.
Cumprindo-se por ordem de antiguidade dos Grupos em praça, ao Grupo de Forcados Amadores de Beja, couberam o terceiro e sexto da tarde, lidados pela cavaleira Ana Baptista. O forcado Olavo Baião saltou à arena para tentar pegar o primeiro do Grupo de Beja: Tarefa nada fácil, mas que viria a concretizar após a terceira tentativa em sorte sesgada e com ajudas bastante carregadas. A pega foi de recurso, porquanto o animal resguardado em tábuas era tardo na investida. Alvaro Sampaio a ajudar, estando bem, não teve tarefa fácil: Nas segundas, Augusto Silva e Rui Saturnino dão confiança ao grupo e não facilitam. Para último da tarde e cumprindo o sorteio, estava guardado um falso manso: animal que desde cedo se manifestou com maldade e sentido, deixando logo antever que a sua pega, tanto poderia ser de antologia e de glória, como de tristeza e infortúnio. João Fialho, saltou à arena, citando de largo …. meia praça …. a dar a primeira ajuda, distante, esteve Jeremias Lencastre: Ambos com saber e valor na cara do toiro, não conseguiram segurar a sua investida, a qual foi muito violenta, despejando de forma aparatosa cara e ajuda na primeira tentativa, com incapacitação do forcado Jeremias, que recolheu à enfermaria. Com um animal desta estirpe, as coisas tenderiam a complicar-se para qualquer grupo, à medida que se fossem frustando as tentativas de pega e o sangue frio começasse a faltar; infelizmente assim aconteceu: João Fialho não conseguiria o seu intento, vindo igualmente a recolher à enfermaria. O forcado Mauro Lança, corporizando toda a vontade e garra do grupo, concretizou a pega, com as ajudas a cumprirem o seu papel. Ficou-nos a impressão, como atrás se disse, que a pega desta toiro poderia ter sido a pega da tarde, caso o toiro, tivesse seguido a linha do grupo e não tivesse desviado após ter “despejado” o primeiro ajuda: Infelizmente, assim não aconteceu, sentiu-se com a cara aberta e procurou fazer mal.

Em nossa modesta opinião, pensamos que não sendo de desejar situações como as que vivemos (todos vivemos) na Vidigueira, há que estar preparados para elas e procurar retirar das mesmas, todos os ensinamentos possíveis, para que no futuro, mais facilmente se superem as dificuldades. Não há estrada que não tenha o seu bocado de mau caminho… pensamos que o Grupo não pode nem deve desanimar, tem forcados com mérito e valor para os próximos embates: Lá estaremos !

Para o João Fialho e para o Jeremias, um grande abraço e os nossos melhores votos para que rapidamente voltem ao nosso convívio, e para todos os outros e já que se avizinham corridas de responsabilidade, para lá e até lá ….. Sorte Moços !
Igualmente um abraço do Joaquim Estevens.

domingo, 12 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

APANHADOS

Alguns elementos do nosso grupo foram apanhados na noite alfacinha acompanha-dos do seu líder! Aqui fica um filme que tive a sorte de conseguir filmar!
O vídeo esta depois desta noticia.


Abraço Diogo BP
Try JibJab Sendables® eCards today!

sábado, 4 de julho de 2009

Próxima Corrida


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Crónica da Corrida de Albufeira

Praça de Toiros – Bullring – Stierkampf – Aréne

Albufeira – 19 Junho. June.Juin. Juni.2009

Sexta Feira – Friday – Freitag – Vendredi

Sensational Bullfight – Sensationell Stierkampf

Enfim … é assim, ou melhor, foi assim!

Os cavaleiros Tiago Lucas e Pedrito Oeste, com ambição, foram anunciados para um sensacional (?) espectáculo de variedades taurinas, para lidar novilhos bravos (?) da Herdade das Sesmarias Velhas.
Tudo está ou esteve bem, quando acaba bem, e este espectáculo, felizmente, nada terá para ser recordado por más razões., muito embora, tenhamos estado à beira de uma noite para esquecer.
A Diogo Morgado, coube a missão de saltar à arena e tentar a primeira pega da noite: Consumando à segunda tentativa, com uma pega aceitável, atendendo à sua juventude, teve o grupo a ajudar com poucos critérios técnicos. Para complementar a galhardia e determinação deste jovem forcado, estamos em crer, terá de haver futuramente, maior entrega e precisão do grupo na altura certa, porquanto o mesmo exibe em praça, alegria e à vontade q.b.
Um novilho mansote, sem casta e muito ficando a dever à bravura (qual animal tonto e escoceante ?), seria o último da noite, e que nada permitiu ao cavaleiro amador Pedrito Oeste. Desde inicio, este animal, mostrou as suas más e fracas condições para a lide, sendo desprezível, quer no cavalo quer no capote: Assim sendo, estava guardada a “fava” para os forcados. Animal ruim e sem casta, com problemas na colocação, não permitia a formação do grupo (várias vezes tentada). Pelo seu comportamento ao longo da lide, permitimo-nos julgar, que este animal teria algumas deficiências de visão. Miguel Nuno Sampaio, após várias tentativas, pelas razões que atrás referimos, arrancou uma pega muito brilhante e vistosa, viajando (bem fechado), na cabeça do novilho / toiro, com muita garra e talento.
Diogo Morgado e Miguel Nuno Sampaio, estiveram à altura: Foram à cara com determinação e resolveram as situações que se lhe depararam; porém … a ajudar … já vimos e sabemos que o Grupo de Forcados Amadores de Beja é capaz de melhores prestações.
Todas as corridas são importantes e a corrida (festival? espectáculo?) de Albufeira entende-se e contribui para uma afirmação e apresentação daqueles que um dia virão a estar na primeira linha do Grupo de Forcados Amadores de Beja.
Com muita emoção e não menos ansiedade, aguardamos as próximas apresentações do Grupo…… obviamente…… lá estaremos !
Até lá … e… para lá ……… Sorte Moços !
Um abraço do Joaquim Estevens

sábado, 20 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Crónica da Corrida de Aljustrel

Aljustrel, 13 de Junho, dia de Santo António.

Corrida de toiros integrada na Feira do Campo Alentejano: Pela segunda vez, o Grupo de Forcados Amadores de Beja, esteve na Vila Mineira, tendo deixado uma vez mais, estamos em crer, nota positiva. Se em 2008, ano de estreia, a passagem por Aljustrel foi assinalável, podemos dizer que em 2009 a passagem foi de confirmação!
Um curro de seis toiros, EL MADROÑAL, foi lidado por Tito Semedo, Sónia Matias e António Brito Paes: A tarefa das pegas esteve a cargo dos Grupos, Amadores de Cascais e Amadores de Beja.
De notar que existia alguma expectativa e incógnita para com estes toiros, já que, recentemente se haviam visto, tendo nessa altura deixada em registo, um comportamento difícil e pouco nobre. Felizmente, desta feita, os irmãos apresentados em Aljustrel, mostraram-se aceitáveis, colaborantes e genericamente de boa apresentação, não tendo criado a qualquer dos grupos, situações embaraçosas ou de difícil resolução.
Dissemos na nossa crónica sobre a corrida de Aljustrel em 2008, que o forcado João Fialho ao qual chamámos promissor, efectuou uma pega com graça, nobreza e muita garra: Em 2009, repetiu e confirmou o seu valor; esteve brilhante a citar e a aguentar a investida do touro. A excelente prestação do João Fialho, bastante aplaudida, viria a merecer do júri o Prémio para a melhor Pega: Parabéns ao João e ao Grupo.
Não há dúvida, e é assim na nossa vida dia a dia, precisamos destes pequenos grandes estímulos para nos elevar o ânimo, tantas vezes abalado por este ou por aquele imprevisto.
Como acima se diz, esta corrida foi quase na sua totalidade de confirmação, já que também o grande forcado Mauro Lança, teve a responsabilidade de pegar um toiro a exemplo do que havia feito no ano passado. Mauro Lança, não obstante, ter estado sempre bem na cara, só conseguiu o seu intento á terceira tentativa, bem ajudado pelo Augusto Silva. A prestação do grupo neste toiro, foi algo fraca e desencontrada, não permitindo ao forcado da cara o êxito que o seu grande à vontade fazia prever.
Sabemos que ainda é cedo, mas já se pode afirmar, que o forcado José Miguel Falcão está a trilhar um bom e profícuo caminho: Registamos com muito agrado e satisfação, todo o seu trabalho e labor, sendo a evolução do seu saber, uma nota muito positiva e um exemplo de vontade e determinação. José Miguel Falcão, fechou a corrida, executando uma pega, alegre e vistosa, superiormente ajudado por Rui Saturnino, facto que o publico registou e premiou com pedido de volta à praça: Se aquando da pega do Mauro Lança, o grupo esteve deficiente a ajudar (em nossa modesta opinião), desta vez, primou pela eficiência e coesão, permitindo uma pega tecnicamente perfeita, com o publico a aplaudir vibrantemente.
Chegados ao fim do espectáculo, era com grande expectativa que se aguardava a divulgação dos vencedores dos troféus em disputa: Melhor Lide a Cavalo e Melhor Pega. O prémio para a lide seria entregue, quanto a nós, muito justamente a António Brito Paes. Parabéns a este nosso amigo e a toda a sua Exma., Família, que muito tem feito e continua a fazer pela Festa de Toiros. No prémio para a melhor pega, pensamos que o Grupo de Forcados Amadores de Beja está de parabéns, já que, tanto a de João Fialho, vencedora, como a de José Miguel Falcão, criaram alguma indecisão ao júri, tal o valor das mesmas.
Porque recentemente, se criou alguma confusão na forma como nos expressamos, queremos aqui dizer que a forma plural utilizada, na constituição dos textos ou frases, é como se diz, figura de estilo meramente formal, a qual não responsabiliza e pode não traduzir ou ser coincidente com a opinião do Grupo de Forcados Amadores de Beja, manifestando isso sim, o entender ainda que relativo, despretensioso e modesto de um devoto acompanhante e aficionado da Festa Brava e do Grupo de Forcados Amadores de Beja.
A temporada de 2009 está já em marcha, anunciando-se corridas de responsabilidade: Estamos certos que o Grupo saberá, como até aqui, mostrar o seu valor, arte e bravura, sempre com aquela dignidade e respeito a que já habituou a aficion. Estaremos convosco!
Sorte moços ……… um abraço do Joaquim Estevens

domingo, 14 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

Crónica da Corrida de Santiago

Corrida em Santiago de Cacem.

Diz-se Do mas deve correctamente dizer-se e escrever-se De. Assim sendo, a 31 de Maio passado, lá esteve em Santiago de Cacem, o Grupo Forcados Amadores de Beja, em mais uma corrida de toiros, integrada e bem, nas festividades locais por ocasião da Santiagro, importante certame agro pecuário daquela região.

Repartindo-se o cartel com os amadores de Cuba, o curro de toiros com ferro Dias Coutinho, não permitiu tarefa fácil aos nossos forcados, porquanto a idade patenteada pelos animais ( cinco anos) criou algumas dificuldades.

Rui Salvador, Rui Fernandes e António Maria Brito Paes, no toureio a cavalo, cumpriram com labor e entrega, ouvindo a musica e os aplausos com que o publico sublinhava as suas actuações.

Mas, falemos de nós:

Nota alta para Miguel Nuno Sampaio, que a cada corrida vai subindo mais um degrau, mostrando raça e arte, deixando evidenciar quão promissora poderá ser a sua carreira de forcado: esteve bem, podemos dizer, muitíssimo bem (não se envaideça); rabejou vistosamente e com talento. Parabéns !

O segundo da tarde, talvez o toiro mais difícil da corrida porquanto teve ao longo da lide comportamentos variados; no cavalo sempre andou de córnea em alto e a procurar o braço do cavaleiro e na pega, criou algum pânico ao grupo, porquanto se arrancou cheio de sentido e malícia, colocando a cabeça demasiado em baixo o que impossibilitou a reunião. Para dobrar Hugo Santana, aquele forcado que prima pela simplicidade e humildade e que apelidamos sem qualquer intuito pejorativo, de moldavo, saltou à arena o forcado João Fialho: Consumou a pega na sua segunda tentativa com ajudas carregadas, num toiro manifestamente cheio de sentido e maldade, o qual se mostrou sempre pouco nobre na investida.

Aurélio Mendes, estava desejoso de mostrar o seu valor: Consegui-o, fechando-se muito bem à barbela pegou à primeira tentativa o quarto da tarde, com Rodrigo Chaves a ajudar com força e vigor. António Merino rabejou com mestria.

Coube ao forcado José Miguel Falcão encerrar a corrida, porquanto, consumou à primeira tentativa uma vistosa pega, com a preciosa ajuda do seu primo Álvaro Sampaio, o qual, se posicionou no local certo e no momento certo: Este toiro, o mais pesado do curro e a exemplo dos seus irmãos, também de cinco anos, manifestou-se igualmente distraído e com elevado sentido; de córnea curta e bastante fechada, foi pegado com classe e obedecendo à voz do forcado. Também neste particular, o grupo ajudou com precisão e rigor.

Não nos cabendo a nós dar indicações ou discutir os critérios do Cabo Manuel Almodôvar, permitimo-nos modestamente opinar, que em toiros como estes, cheios de sentido e com idade, há que saber seduzi-los para os tourear com alegria e exuberância.

Em suma: Boa prestação do Grupo de Forcados Amadores de Beja, o qual tarde a tarde, e corrida a corrida vai impondo o seu nome no vasto panorama da Festa Brava Nacional.

Força rapazes…… continuaremos gostosamente a acompanhar-vos, procurando estar e viver convosco todas as emoções da Festa, sendo que a próxima será em Aljustrel, no dia de Santo António (que Ele vos proteja) a 13 de Junho.

Até lá …... e para lá …… Sorte Moços !
Um abraço do Joaquim Estevens .