Elementos

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Entrevista do Nosso Cabo para www.tauromania.com





Neste segundo ano desde o renascimento do Grupo Forcados Amadores de Beja, a Tauromania fez um balanço da temporada, em conversa com o seu Cabo Manuel Almodovar.

Tauromania (T) - Chegámos ao final da temporada. Qual o balanço geral que fazes da época do Grupo de Beja?

Manuel Almodovar (MA) - O ano de 2009 foi para o Grupo de Beja um ano de afirmação. Depois do reavivar do Grupo em 2008, tinha-mos necessariamente que nos afirmar, impunha-se dar um passo em frente e mostrar à aficion que é isto que nós queremos: fazer com que o grupo venha a ter um lugar no mundo dos touros, é esse realmente o nosso objectivo.
Foi também um ano em que entrou muita rapaziada nova, o que é importante para o grupo.
Pegaram-se touros mais sérios, em corridas de mais responsabilidade.
A amizade entre todos os elementos ficou mais forte a união do grupo é cada vez mais uma realidade pois o grupo só tem 2 anos e muitos dos elementos só se conheceram na formação do grupo.
O balanço que faço relativamente à temporada de 2009 do Grupo de Forcados de Beja é sem dúvida positivo.


T - Quais foram os momentos que destacarias?
MA - Entre muitos momentos que nos marcaram e que foram essenciais para o nosso crescimento enquanto Grupo de Forcados, gostaria de destacar o facto de termos pegado com grupos como o Real Grupo de Forcados Amadores de Moura e com o Grupo de Forcados Amadores Académicos de Elvas, grupos com os quais ainda não tínhamos tido a oportunidade de partilhar cartel.
Pegamos em Beja, na que consideramos a nossa Praça, e ao mesmo tempo tivemos o privilégio de compartir cartel com o grupo de Montemor, corrida que nos impôs bastante responsabilidade, mas que também nos proporcionou uma boa tarde de touros.
Já em final de temporada, tivemos a oportunidade de viver um momento único, ao reunir na Praça de Beja antigos e actuais forcados do Grupo, e ao mesmo tempo podermo-nos associar a uma causa solidária da nossa cidade.

T - Em termos estatísticos já tens alguns dados que nos possas dar?

Forcados de caras
Zé Miguel 8 (11 tentativas)
Hugo Santana 6 (7 tentativas)
Mauro Lança 5 (12 tentativas)
Ricardo Castilho 4 (5 tentativas)
João Fialho 4 (7 tentativas)
1ª Ajudas
Álvaro Sampaio 17
Rui Saturnino 10
Jeremias Lencastre e Távora 6
Augusto Silva 6
Rodrigo Chaves 3
Pegaram-se 18 Corridas em 16 Praças de Toiros, num total de 43 Toiros e com uma média de tentativas 1. 8


T - Como analisas o momento geral da tauromaquia?

MA - Na minha perspectiva, o panorama taurino nacional atravessa um bom momento, atestam-no factores como por exemplo o facto de nem a tão falada crise ter conseguido influenciar negativamente o número de espectáculos, que em 2009 se manteve, e onde cada vez mais é notória a aficion dos portugueses, sendo de destacar a forte presença de público de camadas mais jovens.
A crescente aposta das entidades locais na remodelação das Praças existentes, provendo-as de melhores condições, bem como a inclusão de espectáculos tauromáquicos nos programas de feiras e certames, a par de o desenvolvimento do associativismo no sector, são, quanto a mim, elementos que contribuem para o actual momento que atravessa a tauromaquia em Portugal país.


T - Existem actualmente mais de 40 Grupos de Forcados. O que achas desta realidade, é positivo ou negativo?

MA - Grupos a mais é sempre negativo, mas quem somos nós para falar sobre esse tema, sendo que o nosso grupo tem apenas dois anos de existência.
Importante sim é que cada forcado queira zelar pela dignidade, respeito e a tradição da festa brava. Se todos os grupos dignificarem a sua jaqueta acredito que haja lugar para todos.
Está no seio de cada grupo saber respeitar e dignificar a tauromaquia Portuguesa.


T - Como vês o papel da ANGF na Defesa dos Forcados e da Festa? O teu Grupo tem tido um papel activo na associação?

MA - É sempre importante a união entre os forcados e por isso parece-me bastante importante que a associação vá impondo o seu lugar na festa coadjuvando os grupos de forcados, acompanhando-os em várias vertentes e zelando pelo bom desempenho dos mesmos na tauromaquia.
Não, o nosso grupo como é de conhecimento de todos ainda se encontra como pré associado.


T – Sobre a questão das bandarilhas de segurança, qual a tua opinião sobre os 3 protótipos apresentados em Évora?

MA - Todos eles apresentam uma boa solução.
Quanto a mim, o mais importante no meio de toda esta envolvente, é a dificuldade que os empresários, os ganadeiros e até os próprios toureiros têm em aceitar esta mudança.
Com esta iniciativa de Évora pode ser que este ano já se venha a assistir à introdução das novas bandarilhas em alguns espectáculos, que sem dúvida contribuem para maior segurança ao forcado.


T - A internet é hoje uma realidade na vida das pessoas. Mas na Festa ainda parece um pouco afastada. Como vês o papel da Net no futuro da Festa? E como é que o teu Grupo a utiliza actualmente?

MA - A meu ver a Internet está a evoluir a passos largos dentro da tauromaquia. A promoção do mundo dos toiros através da mesma é já uma realidade incontornável, graças a ela existe uma rápida divulgação de todos os espectáculos a realizar em Portugal e além fronteiras, divulgando igualmente notícias, eventos e informação variada sobre festa através de um crescente número de sites, páginas e blogs ligadas a vários intervenientes da festa.
Creio que no contexto de tecnologias de informação em que vivemos, inevitavelmente, a internet assumir-se-á como um meio de excelência para a divulgação da cultura tauromáquica, capaz de à distância de um “click” difundir informação a um universo ilimitado de utilizadores.
Quanto ao nosso grupo, é através de um blog (gfabeja.blogspot.com) que divulgamos todas as nossas actividades, publicamos crónicas, fotografias das corridas e toda a informação que consideramos relevante.

Sem comentários: