Elementos

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Corrida da Fatacil (Galeria Fotográfica)

Crónica da corrida Fatacil por Joaquim Estevens

Corrida da Fatacil 2009 – Lagoa 22 de Agosto.

Em noite de verão, com uma temperatura agradável e com uma praça bem composta de publico ávido de festa, os cavaleiros João Moura, Joaquim Bastinhas, Tito Semedo e Bastinhas Jº, mostraram os seus predicados toureiros, ante um curro da ganadaria Varela Crujo e Irmão: Na tarefa das pegas, os forcados de Cascais, Elvas e Beja, estiveram em bom plano.
Corrida de toiros com bons momentos de emoção, ou não tivessem estado em praça dois dos maiores vultos, há muito consagrados, na tauromaquia nacional. Pelos forcados, boa participação e actuação de qualquer dos grupos.
Miguel Nuno Sampaio, uma vez mais, mostrou aquele forcado que quer ser: Com muito brio, força e à vontade, quiz numa primeira tentativa pegar um toiro de 4 anos , com córnea aberta, que ao longo da lide de Marcos Bastinhas, mostrou vários comportamentos, ora de investida franca, ora refugiando-se em tábuas. Não foi feliz à primeira, porquanto o toiro se arrancou pondo a cabeça em baixo, não permitindo ao forcado fechar-se convenientemente, despejando-o: Pareceu-nos ter havido aqui alguma ineficiência na actuação das ajudas, que se chegaram tarde. Se para algum publico menos conhecedor, a pega estava consumada porquanto não foi a todos visível o derrote que o forcado recebeu, o cabo Manuel Almodôvar, mandou e bem, em nosso entender, repetir a pega. Com o toiro colocado em terrenos mais adequados, Miguel Nuno, concretizou vistosa emenda, com seu primo Alvaro Sampaio a ajudar de forma categórica e sem reparos para o grupo, neste particular, já que, seguidamente aquando da participação do forcado Mauro Lança, no sexto da noite, muito haveria que dizer.
Num toiro, lidado a duo pelos cavaleiros de Elvas, o qual se manifestou colaborante de inicio, o qual viria no seguimento da lide a mostrar algum sentido e maldade, sempre de cara levantada e a procurar o braço dos seus castigadores, o forcado Mauro Lança não obstante, ter estado muito bem na cara não conseguiu concretizar: Diga-se em abono da verdade, e há que reconhecê-lo com humildade, este toiro não foi pegado à primeira tentativa, não por culpa do forcado Mauro Lança, que esteve valente na cara do toiro, citou e mandou, recuou com saber…… só que há toiros que tem de ser pegados e parados nas primeiras ou segundas, e este era o caso, e isso infelizmente não aconteceu. Há que referir e dizemo-lo com alguma mágoa, perdoar-nos-ão a frontalidade, já várias vezes temos visto as ajudas, traírem e condenarem excelentes prestações de forcados da cara: A Mauro Lança, infelizmente não é a primeira vez que tal sucede.
Pela violência da investida do toiro, Mauro Lança, não ficou em condições para realizar a emenda que se impunha. José Miguel Falcão, saltou à arena, disposto a resgatar a honra do grupo e bem assim levar de vencida a imobilização do toiro: Fê-lo com raça, com valor e técnica, aguentando derrotes e viajando na cabeça do toiro, bem fechado de braços e pernas, não com uma normal primeira ajuda de Álvaro Sampaio mas sim com uma ajuda verdadeiramente de primeira, facto que mereceu fortes aplausos do publico, premiando ambos com volta à arena juntamente com os cavaleiros. Se a Mauro Lança, faltou a coesão do grupo, o mesmo não aconteceria a José Miguel Falcão, que teve todo o conjunto a corresponder. Uma palavra de apreço para o forcado António Merino, que esteve bem a rabejar os dois toiros.
Serão talvez desculpáveis as deficiências evidenciadas pelo grupo, especialmente no seu conjunto a ajudar, devido ao bom número de corridas que este mês de Agosto nos trouxe e à existência de algumas “mazelas” em alguns dos seus elementos. Aproveitamos aqui a oportunidade, para enviar um abraço a todos, com os votos de rápidas melhoras, porque o grupo precisa de vós. Estamos certos que tudo será ultrapassado, com aquela força de vontade e dedicação a que já nos habituaram: Certamente, haverá outras alturas para balanços e correcções, sendo que agora há que continuar a dar o corpo “ao manifesto” e “jogar toda a carne para o assador”, em Ferreira ou Viana do Alentejo, com toda a humildade e valentia que sempre tem caracterizado o grupo de forcados amadores de Beja.
Para lá e até lá ………… Sorte moços !
Um abraço do Joaquim Estevens.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Crónica do Fim de Semana, por Sr Joaquim Estevens

Apontamentos do Fim de Semana Taurino
A bonita vila de Castro Marim recebeu no passado dia 14 de Agosto o Grupo de Forcados Amadores de Beja, o qual, participou na corrida de toiros que a empresa Toirolindo, promoveu naquela vila algarvia. Um curro de toiros Passanha, no geral com peso e apresentação foi lidado pelos cavaleiros João Salgueiro, Rui Fernandes, Filipe Gonçalves e Isabel Ramos; pela forcadagem, os grupos de Moura, Cascais e Beja completavam o cartaz.
Saiu para pegar o terceiro da noite, animal com três anos e de 480 Kg, lidado e bem pela cavaleira da terra, o forcado Aurélio Mendes. Consumou a pega à terceira tentativa: pensamos que não entendeu o toiro nas primeiras vezes que esteve na sua cara: as ajudas de Augusto Silva, Alvaro Sampaio e Rodrigo Chaves, foram de principio, insuficientes para compensar algum nervosismo e hesitação que o forcado evidenciou à frente de um toiro sem grandes rasgos de maldade e bravura. À terceira foi de vez, com ajudas carregadas e oportunas de forma a concretizar, com Miguel Nuno Sampaio a rabejar. Os aplausos devem receber-se com naturalidade e as voltas de agradecimento, em nosso entender, devem premiar actuações meritórias: assim e voltamos a dizer, em nosso modesto entender, julgamos ter havido algum exagero neste particular pelo forcado. Convém lembrar, farão o favor de desculpar o aparte, mas a humildade é como o caldo de galinha, nunca fez mal a ninguém! … Adiante … há sempre tempo para emendar e aprender.
Rui Fernandes e Isabel Ramos, lidaram a duo o último da noite, que ostentava o numero 618, de quatro anos e com 530 Kg. Estes cavaleiros, empolgaram a assistencia com a sua já característica forma de tourear, deixando ferragem de bom nível ao som da musica. O forcado José Miguel Falcão, popularizado com o simpático diminuitivo de “Fazinha”, num gesto de simpatia, amizade e reconhecimento, dedicou a pega a Francisco Cano, grande forcado, o qual em tempos que já lá vão, deu algumas tarde de êxito e glória ao Grupo de Forcados Amadores de Beja. Pega consumada à primeira tentativa, com muito brilho e rigor: o forcado, toureou e mandou e as ajudas estiveram como na gíria se diz “em su sitio” com todo o grupo mostrando coesão e vontade. Como atrás se disse, aqui sim: volta justa e merecida para cavaleiros e forcado que rubricaram uma actuação de bom nível. Dirigiu esta corrida, um homem da forcadagem: Agostinho Borges, antigo forcado do Grupo de Montemor, que num gesto simpático e louvável, faz sempre questão de cumprimentar os rapazes das jaquetas.
Cumpriu-se assim a segunda passagem dos Amadores de Beja, por Castro Marim: Relendo o apontamento do ano passado e pelo que acima de diz, estamos em crer e podemos afirmar, que o balanço é positivo e em nada desprestigia os seus elementos.
15 de Agosto dia de Santa Maria, feriado nacional desde há muito respeitado e guardado. Realizam-se nesta data e por todo o país, festividades populares e religiosas a que o povo acorre com manifesta alegria e emoção: assim e mantendo a tradição, integrada nas tradicionais Festas de Santa Maria e em Honra de Nossa Senhora de Assunção, anunciou-se “Grandiosa Corrida de Toiros” em Messejana, na Praça de Toiros “Padre Serralheiro”. Cabe aqui lembrar aos mais novos, que o senhor Padre Serralheiro, foi pároco local nos idos anos cinquenta, sendo pessoa muito estimada pelos seus paroquianos e que deixou obra feita: Aficionado de fino quilate, a ele se deve o redondel e outras obras de índole social.
Messejana, vila do concelho de Aljustrel, foi reconquistada aos mouros por D. Sancho II e o rei lavrador, D. Dinis, deu-lhe o titulo de concelho, condição que viria a perder há cerca de cento e cinquenta anos: Terra de aficionados e localidade a que por vezes nos referimos como tendo uma linda praia, recebeu-nos de forma alegre e prazeirosa:
Para lidar Seis Toiros da afamada Ganadaria Pinto Barreiros, compareceram os cavaleiros Joaquim Bastinhas, Tito Semedo e Marcos Tenório (Bastinhas Jº),sendo a função das pegas, da responsabilidade dos grupos de Cascais, Académicos de Elvas e Amadores de Beja.
Nem sempre é fácil atingir um pleno e neste caso, ou porque o dia foi manifestamente de muito calor, o curro Pinto Barreiros, ficou aquém das expectativas, já que o seu nome e tradição há muito habituaram os aficionados a bons espectáculos. Os toiros tiveram comportamentos desiguais, sendo de referir que o segundo, foi recolhido por manifesta incapacidade para lide. Quanto aos restantes, deixaram-se lidar, com a experiência e valor do clã Bastinhas a vir ao de cima. Tito Semedo, apagado no seu primeiro, recuperou e deu alguma emoção no seu segundo.
O Grupo de Forcados Amadores de Beja, teve nesta corrida uma prestação digna e elegante, com os forcados a executarem as pegas, consoante a matéria que lhes tinha tocado em sorte: Assim, Ricardo Castilho, limitou-se a “agarrar” um toiro mansote e sem investida, que se parou no momento da reunião, não permitindo ao forcado e ao grupo uma pega vistosa e com emoção, conforme se mostrou a citar. Hugo Santana, fechou a participação do Grupo nesta corrida. Citando de largo e com graça, conseguiu uma pega alegre e vistosa, com o grupo a corresponder na altura devida. Já aqui dissemos, é notória e gratificante a entrega e vontade deste forcado, o qual se vem manifestando de corrida a corrida, mais confiado e sabedor: Pelo seu brio, determinação e força de vontade, um exemplo a registar ! Parabéns Hugo… força. Recordamos aqui frequentemente, antigos forcados do Grupo: desta feita, um abraço especial para o Carlos Cirne, a quem o Hugo Santana, brindou a sua pega. Como sempre dissemos, é particularmente importante, o acompanhamento e presença dos forcados das outras gerações, em todas as realizações do Grupo: Com a sua amizade, com a sua experiência e do seu convívio, certamente brotarão forças e talentos para os mais novos poderem continuar a defender e honrar com toda a dignidade a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Beja.
A próxima apresentação será em Lagoa (Algarve), cartaz de responsabilidade, onde o grupo saberá estar. Até lá e para lá ……. Sorte Moços !
Um abraço do Joaquim Estevens.

sábado, 15 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Corrida de Beja (Galeria Fotográfica)

Crónica das Corridas do Fim de Semana/ por Sr Joaquim Estevens

Fim de semana taurino:

Bem pode dizer-se que o passado fim de semana, foi de intensa actividade para o Grupo de Forcados Amadores de Beja, já que, Sexta Feira a 6 e Domingo a 9 de Agosto, o Grupo pisou as arenas de Figueira de Cavaleiros e Beja.
A já tradicional Feira do Melão, realizada naquela freguesia do concelho de Ferreira do Alentejo, é um agradável certame de exposição e vendas de frutos da época, produzidos naquela região, na qual e muito bem, não faltam os mais variados e alegres convívios e parafraseando o adágio popular “não há festa nem dança onde não esteja D. Constança” e assim sendo, lá esteve e bem, inserida no programa dos festejos, a festa de toiros, a qual, como já bastas vezes tivemos oportunidade de afirmar é uma importante manifestação popular da cultura ibérica.
Cuidou a organização de montar um cartaz simpático, o qual, incluía a cavaleira Ana Baptista seguida dos cavaleiros Filipe Gonçalves e Marcos Tenório (Bastinhas Jrº), para lidar um curro de seis novilhos / toiros da ganadaria espanhola Millares (?) e
para cumprir a tarefa e função das pegas, os Grupos de Cascais, Cuba e Beja. Aguardava-se com natural expectativa este curro de toiros, porquanto se desconhecia a sua origem e linhagem: cumpriu no geral sem grandes evidências de casta e bravura.
Em atitude louvável e que daqui aplaudimos, o Grupo de Beja, dedicou a sua primeira pega ao grande aficionado bejense Luís Toucinho, figura grada do mundo tauromáquico (apoderado de vários cavaleiros de alternativa) e muito ligado ao Grupo de Forcados Amadores de Beja, no tempo em que era cabo João Marujo Caixinha. Após as palavras de circunstância, justamente dirigidas ao homenageado, o forcado
Ricardo Castilho, bem ajudado por Augusto Silva, pegou de forma vistosa e à primeira um animal de 460 Kgs. Em viagem na cabeça do toiro até quase às tábuas, aguentou de forma exemplar alguns derrotes, com todo o grupo a segurar e a aguentar bem: Miguel Nuno Sampaio, rabejou da forma possível (já lhe temos visto melhor em piores condições). Para fechar a actuação do Grupo de Forcados Amadores de Beja e bem assim a corrida, o forcado Hugo Santana fez jus ao valor e saber que vem demonstrando. Esteve bem a citar e bem no momento da reunião: consumou à primeira tentativa e sem grande dificuldade, uma pega que antes brindara ao seu colega e amigo, o forcado João Fialho, o qual, se encontra a recuperar de lesão sofrida na corrida da Vidigueira. Miguel Nuno Sampaio, teve neste toiro, oportunidade que aproveitou, para rabejar com muita graça e técnica.
Tudo corre bem quando acaba em bem e este foi o caso: Em Figueira de Cavaleiros os forcados de Beja não terão tido uma noite de glória com um retumbante êxito, mas tiveram com toda a certeza, uma actuação digna de menção honrosa e fortemente motivadora para todo o grupo e seus devotos acompanhantes, já que, se aproximava o dia 9 de Agosto e por todas as razões e mais algumas o moral devia estar em alta.
Há um ano por esta altura, dizíamos que a Praça José Varela Crujo estava para o Grupo de Forcados Amadores de Beja, como o Cabo da Boa Esperança esteve na altura para os navegadores portugueses. Estamos em crer que a analogia não pecou por excessiva, já que foi importante a apresentação do Grupo na praça maior da nossa terra e, iniciou-se a partir de então, uma nova e mais dura etapa na sua vida.
Comemorando-se o 1º Centenário da praça, a qual, é desde 1988, designada por Praça José Varela Crujo, pelas razões que todos conhecemos, era justo e esperado que os Amadores de Beja, fizessem parte integrante do cartel da corrida comemorativa.
A empresa fez anunciar “Um Cartel de Luxo a Não Perder: Seis cavaleiros, três grupos de forcados e Seis Imponentes Toiros”. Sendo a adjectivação da responsabilidade da organização, apresentaram-se em praça os cavaleiros de alternativa, António Telles, Rui Salvador, Tito Semedo, Marco José, Filipe Gonçalves e António Brito Paes, acompanhados das respectivas quadrilhas. Da ganadaria António Silva, chegou um curro de seis animais com boa apresentação, presença e peso a rondar os 500 Kgs, que no seu geral, cumpriu de forma colaborante, não causando aos forcados problemas de difícil resolução, porquanto quase todos os animais se manifestaram de investida pronta e franca. Os Grupos de São Mansos, Cuba e Beja completaram pela ordem devida as lides dos cavaleiros.
Como atrás se referiu, o Grupo de Forcados Amadores de Beja, vinha duma corrida com força anímica e com garra para defender com dignidade o seu nome, pretendendo rubricar uma actuação meritória.
Um toiro, apresentado com 515 Kg de bom aspecto e com córnea larga, lidado pelo cavaleiro de Ourique, coube ao forcado Mauro Lança, que o pegou à segunda tentativa de forma alegre e vistosa, onde foi importante o papel do primeiro ajuda, Alvaro Sampaio. A pega foi executada à segunda tentativa, porquanto à primeira, o toiro não foi fixado devidamente, arrancando-se solto para o forcado, característica que haveria de manter na tentativa seguinte, mas que o forcado corrigiu com brilho e talento. Num gesto bonito e digno de registo, esta pega foi dedicada, no dizer do forcado, a todos os antigos forcados do Grupo de Beja.
Num curro que se apresentou de forma geral colaborante, dócil e com nobreza, ditou o sorteio, que o último da noite com cerca de 470 Kg., para o cavaleiro Brito Paes, fosse a excepção, evidenciando alguns problemas, quer no cavalo quer no capote, não raras vezes, refugiado em tábuas. O forcado Alcides Cochilha, entendeu chegada a sua hora deixar a forcadagem, pelo que saltou á arena com toda a raça, disposto a fazer uma pega que deixasse lembrança na sua despedida. Um toiro difícil e com o forcado várias vezes a pisar-lhe os terrenos, arrancou-se tardiamente e de forma violenta, tendo o forcado aguentado fortes derrotes, quase na eminência de uma aparatosa saída, não fossem as ajudas sábias e eficazes de Rui Saturnino, Augusto Silva e Luís Fonseca. José Maria Brito Paes, rabejou de forma vistosa e com saber. Estamos em crer que Alcides Cochilha despiu a jaqueta da melhor forma, mas não se despediu: O Grupo de Forcados Amadores de Beja não deixa; a sua experiência, aliás, como a de outros, é muito importante. Parabéns Alcides … até sempre!
Bom, este fim de semana taurino, como lhe chamámos de inicio, já terminou: Em jeito de balanço e sem vaidade ou falsa modéstia, pensamos que o Grupo cumpriu…mas outros fins de semana taurinos se avizinham e parafraseando alguns treinadores de bancada: prognósticos só no fim do jogo! Quanto a nós e como sempre temos dito: Não há corridas fáceis; Há corridas e há que encarar todas com o mesmo sentido de responsabilidade. Até lá e para lá:
Sorte moços ………… Um abraço do Joaquim Estevens !

sábado, 8 de agosto de 2009