Elementos

quarta-feira, 31 de agosto de 2011


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Por Joaquim Estevens

De Santo Aleixo até Garvão.
Como se canta no fado do mesmo nome, chamam-lhe os saltimbancos por andarem de terra em terra, são alegres e são francos, definição que assenta na perfeição nos rapazes do Grupo de Forcados Amadores de Beja. Na passada Sexta feira, dia 26, as festas em honra de Nossa Senhora das Necessidades, em Santo Aleixo da Restauração, acolheram a XV corrida de toiros da Tomina. Uma vez mais, acompanhámos o GFAB, para presenciar um espectáculo cujo cartel incluía também o grupo de forcados da Póvoa de São Miguel. Curro de toiros, de aparência bem tratada (cremos que à mão) com bastante sentido da ganadaria Silva Herculano (Amareleja), saíram para os cavaleiros Joaquim Bastinhas, José Manuel Duarte e Tito Semedo. A participação dos capitaneados por Manuel Almodôvar, sem ser deslumbrante, foi aceitável, já que a pega do quarto da ordem, por Mauro Lança, valeu o prémio em disputa para a melhor pega. Ao segundo da noite, foi Olavo Baião, que à segunda tentativa consumou vistosamente com uma ajuda de muito brilho do forcado Luís Picanço. Mauro Lança, à primeira tentativa, citou de largo, recuando com experiência, aguentou-se na cara do toiro, com todo o grupo a fechar-se exemplarmente: Merecido aplauso. O último da noite, desconfiado e com muito sentido foi dado ao valoroso forcado Hugo Santana que se empregou com mestria mas que só a terceira tentativa consumou. O toiro, meio cabano (?) ou de córnea muito curta, não permitia ao forcado aquela prestação que lhe é habitual, retirando a cabeça no momento da reunião, nas duas primeiras tentativas, foi pegado em sorte sesgada no terceiro intento, com as ajudas a não facilitar qualquer insucesso. E assim se concluiu a deslocação do GFAB, contra algumas vontades, a uma terra do concelho de Moura e ai participando dignamente nos seus populares festejos: Em nossa opinião, uma vez mais, o grupo mostrou de forma nobre a sua valia, talvez por isso, haja pares que pretendem ofuscar o seu brilho e valor, esquecendo os sentimentos de amizade e fraternidade que deviam imperar entre os homens das jaquetas, qualquer que seja a sua origem ou antiguidade. Adiante e por aqui nos ficamos, dizendo só que as acções ou a falta delas, ficam e definem quem as pratica ou não!
O grupo de forcados amadores de Beja, pode orgulhar-se de possuir um vasto conjunto de elementos, o que lhe tem permitido aceitar corridas em dias seguidos. Esse facto, que já ocorreu este ano mais que uma vez, repetir-se-ia neste último fim-de-semana de Agosto: Sexta-feira, nocturna em Santo Aleixo da Restauração, Sábado às 18 horas em Garvão. Integrada nas festas de verão da freguesia, e na praça Dr. António Semedo, teve lugar a já tradicional corrida de toiros: Desta feita, os cavaleiros de alternativa João Moura e Tito Semedo, lidaram quatro animais da ganadaria Passanha, que ostentavam nas respectivas espáduas o número 8. Manuel Almodôvar e os seus rapazes encarregar-se-iam da tarefa das pegas. Complementaria o espectáculo e como manda o regulamento, o mais jovem cavaleiro da dinastia Moura, que devido à sua idade, actuou sob a designação de Variedades Taurinas, lidando um novilho toiro com apresentação e bravura, que em nada destoou dos seus irmãos.
Luís Barbio, com alegria e distinção, pegou à primeira tentativa, tendo a ajudá-lo João Graça. Luís Eugénio e Márcio Lança, secundavam, sendo que nas terceiras pontuavam João Fialho, André Estevens e Francisco Sampaio; a rabejar esteve sóbrio José Miguel Falcão. Perfeita prestação de todo o conjunto. N o segundo da tarde, animal que cedo se viu que humilhava demasiado, tentou Jorge Silva a pega, vindo a concretizá-la à terceira tentativa, evidenciando alguns problemas que os ajudas não conseguiam suprir, no momento da reunião. No terceiro da ordem e igualmente à terceira tentativa, concretizou Manuel Almodôvar a pega que carinhosa e sentidamente, brindou a seu pai. Contrariamente aquilo que desejaria, Manuel Almodôvar, não esteve bem na cara do toiro, recuando em ambas as vezes de forma menos correcta e sem o grupo a suster a pata do Passanha. Na terceira tentativa e com a preciosa ajuda dos segundas Luís Eugénio e Márcio Lança a pega consumou-se quase às tábuas, com António Merino a rabejar como é seu saber. Em atitude nobre, Manuel Almodôvar, foi aos médios entregar o seu barrete ao cavaleiro João Moura, recusando dar a volta à arena. O forcado João Fialho, continua a empolgar-nos: com a sua raça e humildade insiste em afirmar-se e testemunha ser um grande forcado, tais as brilhantes actuações que lhe temos visto e aqui temos narrado: esta vez não foi excepção e João Fialho, esteve bem, muito bem mesmo, pegando com determinação e saber, fechou-se na cara do toiro com técnica. As ajudas estiveram em “su sítio” com Augusto e Picanço a cumprir na perfeição o papel de segundas ajudas. Completaria a actuação do GFAB o jovem forcado Francisco Santos, que à segunda tentativa pegou o último da tarde. Muito embora, à primeira tentativa tenha saído da cara do novilho toiro e auto corrigindo-se antes da intervenção das ajudas, o cabo mandou repetir a pega, a qual concretizou com João Graça em primeiro ajuda, e Ricardo Soares e Castilho nas segundas.
Terminado que foi este fim-de-semana taurino, apraz-nos registar a boa e aceitável prestação do grupo pela forma como honrou e defendeu a sua jaqueta: Outra coisa não esperam os seus amigos e acompanhantes. Querendo continuar convosco, despedimo-nos como sempre, desejando revê-los na próxima corrida: Até lá e para lá… Sorte moços ……. Um abraço do Joaquim Estevens 28.08.2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fardação

A fardação para a corrida de Sexta-Feira é na casa do Bentinho em Santo Aleixo da Restauração pelas 20 horas.

A fardação para a corrida de Garvão é na casa do Hugo pelas 16 horas.



Atenção aos atrasos!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Corrida da Messejana por Joaquim Estevens

Messejana – 15 de Agosto – Dia de Santa Maria
Messejana, vila do Baixo Alentejo situada entre Aljustrel e Ourique, à qual nos referimos amiudadamente gracejando ou brincando com a “sua praia”, é terra de fortes e arreigadas tradições taurinas, as quais tem perdurado ao longo dos tempos. Recordamos aqui o reverendíssimo padre Serralheiro, pároco local nos idos anos cinquenta, sessenta e setenta do século passado, aficionado de primeira água, que muito contribuiu para a divulgação da festa de toiros: Mais recentemente, Manuel de Brito Ruas, seu ex-autarca ao longo de mais de duas décadas, antigo forcado, empresário e apoderado tauromáquico e obviamente, pessoa muito ligada à tauromaquia da região, deu o seu valioso contributo e empenho na recuperação da infra-estrutura hoje existente a qual é propriedade da Santa Casa da Misericórdia local. Naturalmente e nos dias que ora correm, outros têm e bem, dado continuidade à obra iniciada pelos seus antepassados: Neste contexto e no decorrer das tradicionais festas de Santa Maria e em honra de Nossa Senhora da Assunção, a misericórdia messejanense, organizou na denominada Praça de Toiros Padre Serralheiro, uma corrida, anunciada, como acontecimento de emoção e com seis magníficos toiros Veiga Teixeira, para os cavaleiros Rui Salvador, António Brito Paes e João Teles Jº, com as pegas a cargo dos forcados amadores de Évora e Beja, capitaneados respectivamente por Bernardo Patinhas e Manuel Almodôvar.
A singular praça, encontrava-se quase lotada, assistindo-se assim a uma corrida de toiros com expectativas elevadas, quer pelas características do redondel, quer pelo gabarito e prestígio dos Veiga Teixeira, os quais nem todos primaram pela bravura. Todos os cavaleiros lidaram os seus oponentes com mestria, cravando e distribuindo a respectiva ferragem, muitas vezes em terrenos de compromisso, porquanto a investida dos toiros não era a mais nobre, com excepção do último da noite, o qual desde o inicio da lide sempre se mostrou sério e com casta, permitindo ao jovem cavaleiro da Torrinha uma excelente actuação. A música e os aplausos foram uma constante, sublinhando e premiando lides, de todos, cheias de saber e brilho, desenvolvidas a contento para superar as dificuldades impostas pelos toiros numa arena cujas dimensões são limitadas.
Ao segundo da noite, manso e com fraca investida, foi Ricardo Castilho tentar a pega: Não logrou concretizar à primeira tentativa, já que o toiro investiu, metendo a cabeça de forma desconforme não permitindo a adequada reunião. Concretizou à segunda tentativa, ajudado por Álvaro Sampaio. Bom desempenho das segundas ajudas, os irmãos Mauro e Márcio Lança. O cavaleiro de Tomar, abriu a segunda parte da corrida, enfrentando e lidando um animal que veio a evidenciar sérios sintomas de cansaço na parte final da lide, facto que de alguma forma ensombrou a pega executada à primeira pelo forcado Miguel Nuno Sampaio, o qual se “alapou” totalmente na cabeça do toiro, viajando até quase à parede / trincheira, para aí, sem abrir braços ou pernas acompanhar a queda do toiro, que talvez por manifesto cansaço, não aguentou o peso e força do grupo, estatelando-se por completo na arena. Como acima referimos, ditou a sorte que o último da noite, um negro de córnea aberta anunciado com 580 kg, de 2007, permitisse tanto ao cavaleiro como ao forcado, excelentes actuações. O nosso valoroso forcado João Fialho, cremos que ainda a recuperar da mazela de Entradas, não se deixou intimidar e porfiou no êxito, deixando registada na Praça de Messejana, uma pega de excelência, tal a forma como consumou o seu intento: Citou com elegância, pisando os terrenos do toiro, esteve perfeito na reunião, viajando bem fechado, aguentou os derrotes daquele que como já dissemos e em nossa opinião, foi o toiro mais completo da corrida. Nesta vistosa pega à primeira tentativa, todo o grupo deu boa conta de si, ajudando e entrando nos momentos exactos.
Regressámos a Beja animados pela satisfação de ter visto o Grupo de Forcados Amadores de Beja ombrear muito dignamente com um dos grupos de maior prestígio da forcadagem nacional, mostrando assim à aficion e à crítica que grupo tem valores e ambição para poder pisar outras arenas. Felicitamos o cabo Manuel Almodôvar e todo o seu grupo por este duro desempenho.
E por hoje é tudo, despedimo-nos como sempre: Sorte Moços!
Um abraço do Joaquim Estevens (16.08.2011)

Cabeça Gorda e Castro Marim por Joaquim Estevens

Nocturnas de Cabeça Gorda e Castro Marim, 12 e 13 de Agosto.
O Grupo de Forcados Amadores de Beja, apresentou-se nestas duas localidades, integrando os seus cartazes festivo-taurinos, tendo em qualquer delas prestações distintas e diversas, o que obviamente, faz parte do memorial de qualquer agremiação e nem por isso pode ser factor de tristeza ou de desânimo.
Se na corrida de dia 12, na Cabeça Gorda, os ventos sopraram mais ou menos de feição o mesmo já se não pode dizer da corrida de Castro Marim, onde a brisa marítima ia fazendo das suas em todos os grupos de forcados, perante uma assistência que lotava por completo a desmontável de Inácio Ramos.
Integrada nos festejos anuais em honra do seu santo padroeiro, a Cabeça Gorda e pela mão do antigo cavaleiro de alternativa Luís Cruz, viu mais uma corrida de toiros: Este ano com toiros da Ganadaria Passanha (3 anos) para os cavaleiros João Moura, Tito Semedo e Ana Baptista, com os grupos de Cascais e Beja na função das pegas. Meia casa forte, assistiu ao espectáculo que decorreu sem quaisquer dificuldades dignas de registo.
No segundo da noite, lidado pelo cavaleiro de Ourique, coube a Francisco Sampaio a tarefa de ir à cara: Evidenciando alguns problemas a recuar e que certamente corrigirá no futuro, consumou à terceira tentativa. Não obstante a frustração dos intentos anteriores, todo o grupo esteve coeso, com todos os elementos no seu lugar. À primeira tentativa, pegou Francisco Santos o quarto da ordem, com João Afonso (Castor) a dar primeiras, Luís Eugénio e Luís Picanço nas segundas. Miguel Nuno Sampaio a rabejar com eficiência. Fechou com a chave de ouro, o forcado Luís Barbio, que à primeira tentativa consumou uma vistosa pega, aguentando-se valorosamente na cabeça do toiro. Pega vistosa, com todo o grupo a cumprir, excepção feita à fraca prestação do rabejador, Bento Quadros e Costa, que não conseguiu suster e imobilizar totalmente o toiro, situação que estamos em crer, poderá corrigir e ultrapassar no futuro. Já aqui temos dito que não há corridas fáceis ou difíceis de mais ou menos responsabilidade: há corridas e todas elas são ou devem ser entendidas como um exame, onde os resultados podem variar desde as reprovações às aprovações, estas com distinção ou com menção honrosa. O público e aficion ditam o veredicto: pensamos que na corrida em análise, a menção honrosa, assenta perfeitamente como nota final do exame, sendo indisfarçável na cara de todos, forcados, amigos e acompanhantes, a satisfação e orgulho por uma boa prestação.
No final do dia 13, rumou o GFAB e seus devotos acompanhantes ao Algarve, mais propriamente a Castro Marim, bonita vila ribeirinha do Guadiana. Tal como na noite anterior em Cabeça Gorda, festividades de carácter popular e religioso acolhiam a tauromaquia nos seus programas. Sob o olhar altivo do Castelo de Castro Marim, importante monumento da época medieval, decorriam as festas em honra de Nossa Senhora dos Mártires e nelas, o empresário e ganadeiro Inácio Ramos, inscreveu mais uma corrida de toiros, a qual, muito justamente já faz parte do calendário taurino do Algarve, tal a categoria dos artistas que lá actuam e a quantidade de aficionados que lá acorre. Neste ano de 2011 da graça de Deus, estiveram naquele tauródromo os cavaleiros de alternativa Joaquim Bastinhas e Rui Fernandes, acompanhados do cavaleiro praticante João Maria Branco que lidaram com brio e desenvoltura toiros das ganadarias Passanha e Inácio Ramos (3 de cada). Os artistas de jaqueta pertenciam aos grupos de Cascais, Arronches e Beja.
Perante toiros reservados, a descair para o mansote e com algum sentido, os cavaleiros em praça, procuraram não deixar os seus créditos por mãos alheias, dispensando aos opositores as lides possíveis e adequadas. Noite dura, muito dura mesmo, para os forcados de todos os grupos, que sentiram e viveram altas dificuldades para consumar as suas actuações: excepção feita à segunda pega do Grupo de Arronches, realizada à primeira tentativa de forma brilhante e tecnicamente perfeita. Em todas as outras cinco pegas e após várias tentativas, lamentavelmente, mandaram sempre os toiros e esses nada facilitaram aos forcados: esteve-se em noite de pegas de recurso e a cesgo.
Um toiro Passanha de 510 kg, ostentando o número 7 na espádua, com uma córnea aberta, o terceiro da noite, investiu por três vezes, forte e com determinação ao forcado Guilherme Santos, o qual nunca recuando como devia teve sempre problemas na reunião, os quais se transmitiam por inteiro a todo o grupo. Concretizou à quarta tentativa e em sorte de recurso com todo o conjunto a carregar abruptamente e sem brilho junto às tábuas. No último da noite, um toiro com córnea acabanada de Inácio Ramos com 520 kg e de 2008, investindo com pata e sentido, não permitiu a Ricardo Castilho aquela pega que ele ambicionava e todos esperávamos, já que esteve elegante a citar, pois haveria de retirar-lhe a cara e despejar todo o grupo por terra, mais que uma vez, muito embora neste particular, não possamos relevar a actuação do grupo que não esteve a ajudar como e onde devia. Consumou com dificuldade e em recurso. Enfim, há dias e noites assim e como acima dizemos, quando se reprova num exame, não se abandona a escola, há é que voltar a ler os livros e estudar mais melhor a lição, para conseguir a aprovação no exame que se segue.
Não querendo nem podendo esquecer outros anfitriões que com grande hospitalidade nos têm recebido, queremos aqui deixar uma palavra de agradecimento à família Sampaio Falcão pela forma carinhosa com que sempre acolheram em sua casa o GFAB, seus amigos e acompanhantes. O nosso muito obrigado.
Que o dia 15 de Agosto, dia de Santa Maria e dia santo, venerado e guardado por todos os alentejanos, seja um dia para o nosso grupo se encontrar consigo mesmo e com aquela técnica e saber que já nos mostrou, levar de vencida os Veiga Teixeira na Praça de Messejana.
Para lá e até lá…… sorte moços! Um abraço do Joaquim Estevens (14.08.2011)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fardação Cabeça Gorda

A fardação para a corrida desta noite na Cabeça Gorda vai ser no Monte da Corte Ligeira http://www.corteligeira.com/ pelas 20 horas.

Atenção aos atrasos!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Monte Gordo e Beja

Fim-de-semana Taurino: Monte Gordo e Beja. 6 E 7 de Agosto 2011.

Se para alguns o mês de Agosto é tempo de férias, descanso e lazer, para o Grupo de Forcados Amadores de Beja é ocasião para satisfazer compromissos e responsabilidades, calcorreando estradas e pisando as mais variadas arenas por dedicação e amor à arte de pegar toiros; ainda que em dias seguidos, tal situação não amedronta nem atemoriza aqueles que um dia decidiram envergar a jaqueta das ramagens. Assim, no passado Sábado, dia 6, repartindo cartaz com o Real Grupo de Forcados de Moura e o grupo de Forcados de Turlock (Califórnia) os rapazes de Beja, comandados por Manuel Almodôvar apresentaram-se na desmontável de Monte Gordo, excelente e muito procurada estância algarvia de veraneio. Com a praça esgotada, actuaram os cavaleiros de alternativa, João Moura e Rui Fernandes e o cavaleiro praticante Mateus Prieto, perante toiros das ganadarias Passanha e Inácio Ramos, os quais com apresentação e peso cumpriram de forma aceitável.
Coube a Miguel Nuno Sampaio a primeira prestação do Grupo de Beja: Bem ajudado pelo seu primo Álvaro Sampaio, executou à primeira tentativa uma vistosa pega, na qual o Luís Eugénio e o Augusto Silva se empregaram bem a dar segundas; José Maria Brito Paes, rabejou garbosamente com eficiência. O último da noite, com cerca de 500 kg, de 2008 e da ganadaria de Inácio Ramos, manifestando fraca investida, apresentando córnea fechada, lidado pelo jovem praticante Mateus Prieto foi destinado a José Miguel Falcão, o nosso sempre alegre e bem-disposto “Fázinha”. Actuando na sua terra, não logrou como seria seu desejo, consumar à primeira, vindo a consegui-lo de forma correcta no segundo intento. Em nossa modesta opinião, duas razões podem ter contribuído para este desfecho: A forma física do forcado, ainda a ressentir-se de alguma mazela da corrida de Entradas e o piso da arena, bastante pesado, o qual bastante dificultou a conveniente desenvoltura de todos os intervenientes ao longo da corrida. José Miguel Falcão, na segunda tentativa corrigiu a postura, estando correcto e preciso no momento da reunião, com todo o grupo a fechar-se e a resolver com técnica.
Como se diz em gíria, esta vinha estava vindimada e nós acrescentamos: vindimada de forma muito razoável e estimulante para o dia seguinte, já que na centenária praça da nossa cidade, o grupo iria enfrentar com responsabilidades acrescidas, um curro de Varela Crujo. Dizemos responsabilidades acrescidas por ser sempre importante actuar na nossa terra e desta feita, ombreando com um grupo da primeira linha da forcadagem nacional e com inúmeros créditos firmados: O Grupo de Forcados Amadores de Alcochete.
Confessamos que já tínhamos saudades de ver o redondel da Varela Crujo com a moldura humana que apresentou na noite de Domingo, dia 7: Sem querer, vieram-nos à memória tempos de outrora, em que nem a elevada canícula afastava o público da sua praça lotando-a quase sempre por completo, fazendo da Corrida do dia 10 de Agosto, um dia histórico com glórias e êxitos que algumas placas de mármore teimosamente imortalizam no seu pátio de quadrilhas.
Fez-se anunciar um cartaz, em nosso entender, bem rematado e que a aficion de Beja justamente merecia e há muito reclamava. Como atrás referimos, o público lotava muito seguramente, mais de três quartos da praça, situação que já fazia parte das nossas memórias, sinal, que desta vez não se sentiu traído e desconsiderado.
Os cavaleiros Luís Rouxinol, Victor Ribeiro, Sónia Matias, António Brito Paes, Duarte Pinto e Tiago Carreiras, à hora indicada e ao som da música da Sociedade Filarmónica Capricho Bejense, entraram em Praça acompanhados das respectivas quadrilhas. Pelos forcados, os Grupos Amadores de Alcochete e Beja assumiram a tarefa das pegas a um curro de toiros de 2007, com peso e que cedo evidenciou comportamentos complicados. Nesta noite de Agosto, os ventos não sopraram de feição para o grupo visitante, muito embora seja de reconhecer e realçar o elevado valor, valentia, técnica e saber, demonstrados pelo cabo Vasco Pinto e alguns dos seus comandados.
Para os Amadores de Beja, a noite começaria com uma extraordinária pega executada de pronto por um forcado a quem as coisas nem sempre têm corrido bem, porém, desta vez, Ricardo Soares com um grande coração e uma alma desejosa de brilhar, consumou na perfeição: Viajou com galhardia na cabeça do toiro, com as ajudas a entrar em tempo oportuno; Álvaro Sampaio em primeira, Mauro Lança e Augusto Silva nas segundas, ajudaram com excelente eficiência. O quarto da noite, com 495 kg., que cedo se manifestou falso e com investidas a condizer, foi lidado pelo cavaleiro António Maria Brito Paes que não obstante alguns toques na montada, conseguiu sacar na parte final da lide, uma faena agradável, que o público generosamente aplaudiu. Para a pega foi mandado o forcado Hugo Santana, que com grande força de braços e valentia se aguentou na cabeça do toiro, o qual, ao sentir o peso do forcado fugiu ao grupo: Determinante a entrada pronta e em muito bom tempo do rabejador José Maria Brito Paes, que de forma tecnicamente perfeita, quebrou o ímpeto do animal, permitindo às ajudas completar e fechar a pega com inteiro e vibrante sucesso. Como sói dizer-se, não há bela sem senão: Teria ficado no memorial do Grupo, se o forcado Ricardo Castilho tivesse conseguido consumar à primeira tentativa a pega do último da noite, o qual, tal como os seus irmãos não primou pela nobreza e bravura, não permitindo ao cavaleiro Tiago Carreiras uma lide brilhante. Na pega, manifestou-se igualmente falso, não tendo Ricardo Castilho conseguido à primeira e na segunda tentativa, investiu humilhado para o forcado, retirando a cabeça desajeitadamente despejou todo o grupo por terra, como que em pronuncio do que se seguiria: Aprontando-se o forcado e o grupo para tentar executar a pega à terceira tentativa, o toiro caiu na praça, renunciando à luta e morrendo de seguida.
É importante e justo dizer que os forcados da cara do G.F.A.B., tiveram nesta corrida, cada um de per si, gestos muito nobres e que em muito dignificam e honram a sua jaqueta, ao brindarem e dedicarem as suas actuações a pessoas a quem o grupo muito deve: Estamos a referir-nos à Exma. Sra. D. Maria de Fátima Brito Paes, Sr. Dr. António Almodôvar e ao antigo forcado do grupo, Dr. Luís Miguel Nunes Ribeiro. Parabéns ao Ricardo Soares, ao Hugo Santana e ao Ricardo Castilho pelo gesto e sentimento demonstrado e que muito os dignifica.
É da mais elementar justiça, deixar aqui um registo de apreço, pela forma amiga, hospitaleira, generosa e fraterna como o Grupo de Forcados Amadores de Beja e seus acompanhantes sempre são recebidos nos momentos que antecedem as fardações. É de todos conhecida a hospitalidade, carinho, amizade e dedicação que a Exma. Senhora D. Maria de Fátima Brito Paes, nos têm dispensado. Pensamos que é incomensurável a nossa divida de gratidão para com tão nobre e distinta Senhora: Daqui lhe endereçamos, respeitosamente o nosso cumprimento e sinceros votos de rápido restabelecimento.
Bom, o apontamento já vai longo e nem todos estarão de férias ou com tempo para ler as nossas escrevinhações e porque como se disse no princípio, o mês de Agosto é farto em eventos taurinos para o Grupo de Beja, assim sendo, queremos estar convosco a 12 na Cabeça Gorda para vos ajudar a enfrentar os Passanhas.

Até lá e para lá …….. Sorte Moços

Um abraço do Joaquim Estevens 08.08.2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Fardação

Monte Gordo, 06 de Agosto de 2011

A fardação para a corrida de Monte Gordo vai ser na casa do José Miguel Falcão ("Fazinha") pelas 20 horas.

Beja, 07 de Agosto de 2011


A fardação para a corrida de Beja vai ser na casa da madrinha do grupo pelas 20 horas.

Atenção aos atrasos!
Existem bilhetes à venda no Mira Gare para as corridas de Monte Gordo, Cabeça Gorda e Castro Marim