Elementos

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Entrevista do Jornal "Olé" ao nosso Cabo


- É este o cenário que desejaram para a vossa apresentação?

Este é o cenário que nos proporcionaram na certeza que, fosse qual fosse, faz parte duma data e dum momento que recordaremos para sempre. Também nunca esqueceremos todas pessoas e entidades que tudo fizeram para que este acontecimento tivesse lugar.
Estaria a mentir se dissesse que este era o nosso sonho. Temos confiança que num futuro breve a nossa praça será a Praça Varela Crujo, com o público da nossa terra, as pessoas de Beja.
Fizemos os esforços possíveis para que o encontro entre o Grupo de Forcados Amadores de Beja e o público de Beja tivesse lugar. Quero também agradecer a todos os que, por isso, afincadamente se bateram.

- E o cartel escolhido?

Penso que dentro das perspectivas concretas que se apresentam para a nossa festa, este cartel é uma excelente aposta.

- Como surgiu a ideia de formar o Grupo?

A ideia da formação do Grupo remonta ao ano de 1975, ano em que se formou o Grupo de Forcados Amadores de Beja, pelo qual sempre tivemos grande consideração e respeito. Por isso nós hoje, um grupo de amigos, nos juntámos, com a ajuda dos antigos forcados, para que tudo o que aconteceu no passado não fosse em vão e despertássemos de novo nos nossos aficionados o orgulho que já tiveram de ter um Grupo em Beja.
Tenho a certeza que esta é a ideia de todos aqueles que querem fazer parte do Grupo de Forcados Amadores de Beja.

- Quantos elementos constituem o Grupo e qual a média de idade?

Neste momento o Grupo de Forcados Amadores de Beja é constituído por 40 a 45 elementos, é um grupo jovem, em que a média de idades é de 25 anos. Alguns membros tem experiência e alguns anos disto, outros estão a iniciar a sua vida no mundo dos forcados.

- Como está a sentir a responsabilidade de ser o primeiro cabo do grupo?

Não me esqueço do passado e por isso não serei o primeiro mas sim o terceiro cabo do grupo. Tivemos como cabo fundador João Marujo Caixinha e posteriormente Luís Moura. Dois nomes que tenho muita honra em aqui mencionar.
Mas sim, sinto uma enorme responsabilidade em dar continuidade nesta nova era do Grupo. Tem um passado histórico, triunfaram em muitas praças, tiveram grandes glórias. Isto tem um enorme peso para qualquer pessoa que queira manter e dignificar esta memória. Estou confiante que não vou desiludir ninguém, de maneira alguma, faço-o com gosto, tenho orgulho no meu Grupo e na minha Cidade.

- O Grupo tem alguns apoios financeiros ou logísticos?

Há imensa gente que tem uma enorme vontade de nos apoiar e sem eles nada disto seria possível de realizar. Claro que para formar um grupo é necessário que exista apoio financeiro, muitos o fizeram, dentro das suas possibilidades. Agradecemos a toda a gente todos os esforços que têm feito pelo Grupo. É gente da nossa terra, todos são bem vindos.

- Perspectivas para a temporada?

A nossa perspectiva de temporada passa em primeiro lugar por sermos admitidos na Associação Nacional de Grupos de Forcados. Essa é a primeira fase, essa neste momento é a nossa grande ambição.
Se, digo melhor, quando esta se realizar queremos então programar uma temporada ambiciosa dentro das nossas possibilidades. É ainda relativamente imprevisível, mas cá estamos para fazer tudo o que estiver ao nosso alcance.

- Como homem dos toiros, como vê a aficcion na sua região? Sente algum crescimento, algum aumento de interesse?

Beja sempre foi uma terra de grandes aficcionados, exigentes com o mundo da tauromaquia. Realizaram-se grandes cartéis, existiram bons cavaleiros, foi e é uma terra de grandes forcados.
Hoje em dia sente-se um grande interesse por rever o Grupo de Forcados Amadores de Beja em praça. Há também um crescimento exponencial na adesão à Festa Brava.
Sinto cada vez mais que o público bejense é e sempre será um público fiél à festa. Terá sempre um lado critíco mas justo sobre aqueles que o fazem por amor ao espectáculo.

- Como vê os forcados dentro da festa brava?

O Forcado, a meu ver, é aquele que dentro da nossa festa têm um papel essencial, a amizade e o amadorismo são valores que dignificam o espectáculo português.
O moço do Forcado é uma tradição antiga que mostra a garra e a coragem das nossas gentes, de hoje e de sempre. Mesmo que com alguma evolução, o renovar de gerações mantêm os seus princípios e qualidades. A honra de trajar a jaqueta de ramagens e o orgulho com que o fazemos, faz com que os moços de forcados, os de ontem, os de hoje e os de amanhã, tenham um papel determinante na festa brava nacional.

- Algum desejo que queira formular para si ou para a tauromaquia em geral.

Mais uma vez quero agradecer, em meu nome e em nome do Grupo, a todos aqueles que contribuíram para que este sonho se tornasse uma realidade. Quero também felicitar e desejar sorte aos participantes neste projecto.
Deixo o meu apelo aos aficionados em geral. Não deixem que esta tradição se perca, apoiem-nos com a vossa presença, para que cada vez mais se preze a festa com a qual nos habituámos a viver, que tanto amamos e respeitamos.Para todos uma excelente temporada. Que Deus nos ajude e abençoe.



in "Olé"


Tan ter Lan tan! Ole! Parabéns ao grupo de Beja

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa Sorte ao grupo!
Tenho pena de não poder fazer parte deste, pois por motivos superiores o sou inmpedido!
Boa sorte po grupo e que tudo corra bem!
1 Abraço a todos!