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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Corrida de Viana do Alentejo - por Joaquim Estevens

Viana do Alentejo – Corrida de Toiros da Associação Equestre de Viana do Alentejo.
Numa altura em que pretendem multiplicar-se os ataques à festa brava e ao meio taurino, é grato constatar que continuam a existir pessoas e organizações devotadas a manter e a expandir esse tão grande e nobre emblema da cultura portuguesa: A festa de toiros! Bem-haja todos aqueles que nela se envolvem, quer promovendo, quer participando activamente ou tão-somente assistindo e apoiando os seus artistas de eleição.
Parabéns à Associação Equestre de Viana do Alentejo que montou um espectáculo com aceitável nível, ao qual o publico acorreu em bom número, numa tarde outonal a pedir meças à canícula de Agosto. Para lidar toiros de Nunez D’EL Cuvillo / Bemjumeia, (rezes que pastam em terras do nosso vizinho concelho de Cuba) estiveram em praça os cavaleiros Luís Rouxinol, Ana Batista e Lívio da Silva, os quais disputaram entre si o troféu para a melhor lide. Os grupos de forcados amadores de Évora e Beja, repartiram e completaram o cartaz, concorrendo entre si ao prémio para a melhor pega. Dirigiu a corrida, sem quaisquer problemas, o antigo matador, senhor António dos Santos, assessorado pelo médico veterinário Dr. José Manuel Lourenço.
Diga-se que os Nunez D’EL Cuvillo, no geral com boa apresentação, embora não vistosos de cara, mas bem rematados de peso e com bravura aceitável, estiveram à altura do espectáculo, tendo proporcionado aos cavaleiros a execução de lides que agradaram ao público que não lhes regateou aplausos. Luís Rouxinol, sem favor (em nossa opinião) arrebatou o prémio para a melhor lide. Os cavaleiros Ana Batista e Lívio da Silva não desmereceram a simpatia do público.
O grupo de forcados amadores de Beja, mostrou-se neste evento com muito crer e motivação, tendo pisado a arena três boas formações, conhecedoras dos seus lugares e funções: Assinaláveis as parelhas dos irmãos Lança e Brito Paes, que deram boa conta de si, tanto a dar as segundas como as terceiras ajudas. José Maria Brito Paes e Manuel Almodôvar rabejaram “à maneira” e de forma eficiente, consolidando com técnica os desempenhos do grupo.
João Fialho, aquele forcado humilde e simpático que todos já conhecemos e quem tido lindas e brilhantes actuações, consumou à primeira tentativa, ajudado por Álvaro Sampaio, uma vistosa pega, citando e mandando, reuniu com técnica e precisão. Ao quarto da tarde foi Ricardo Castilho, que não deixou os seus créditos por mãos alheias: Com Rodrigo Chaves a dar a primeira ajuda, citou com alegria, recebendo bem , fechou-se com muito mérito tendo todo o grupo correspondido com saber. Por este desempenho o júri, atribuiu a esta pega o prémio em disputa. Já com duas pegas realizadas à primeira tentativa, aprestou-se o forcado Nuno Miguel Sampaio para fechar a actuação do Grupo de Forcados Amadores de Beja, na corrida da Senhora d’Aires. Não foi feliz à primeira tentativa, talvez por não ter esperado convenientemente o toiro, recuando mal e quase tentado pegar de estaca. Na segunda tentativa e em nosso modesto entender por o opositor, não estar colocado no terreno ideal, a pega não se consumou já que o toiro fugiu ao grupo , viajando com o forcado na cabeça sem que as ajudas chegassem a tempo. Em respeito aos cânones, o cabo Manuel Almodôvar, não considerou a terceira tentativa, ordenando que o forcado repetisse a pega, o que este fez, de forma correcta, com muito brio, coragem e valentia, com todo o grupo uma vez mais a ajudar com rigor e critério.
Não podemos passar sem deixar aqui dois pequenos registos, os quais julgamos de primordial importância para a festa: Um à atenção dos senhores directores de corrida, outro da responsabilidade dos organizadores dos espectáculos, para que se evitem situações como as que infelizmente se verificaram nesta desmontável, tal como em muitas outras por onde temos passado: Os excessivos e inoportunos movimentos de pessoas quer na trincheira quer na bancada e bem assim os pisos das arenas, os quais por vezes carecem de melhor atenção e cuidado.
Julgamos que o Grupo de Beja saiu da Senhora d’Aires, confortado e com confiança redobrada, pelo que, como esperam e desejam convictamente os seus amigos e acompanhantes , esta fase final irá com toda a certeza contribuir para o fecho glorioso de uma temporada memorável, a qual certamente, a crítica especializada não esquecerá.
Para a próxima corrida e até lá …….. Sorte moços !
Um abraço do Joaquim Estevens 2010.Set.27

2 comentários:

Joaquim Estevens disse...

Onde estão as fotografias ?
Cá dê os aficionados fotografos ?
A reportagem fotográfica é importante, pelo que esperamos a sua urgente publicação e divulgação como tem sido hábito.
Um abraço para o Cirne e tudo de bom para ele.
Joaquim Estevens

Anónimo disse...

entretanto para quem quises ver fotos estão algumas neste site http://www.jorgehsampaio.com/touromaquia/temporada-2010/viana-do-alentejo-26-09-2010/
Não tem a mesma qualidade das do castilho mas servem. hehe abraço