Elementos

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Corrida de Ferreira - por Joaquim Estevens

Corrida em Ferreira do Alentejo – 18 de Setembro.
Por altura da sua habitual feira de fim de verão, certame com tradição antiga no Baixo Alentejo, realizou-se em Ferreira do Alentejo e como tem sido hábito, a tradicional corrida de toiros. Apresentaram-se na desmontável, os cavaleiros de alternativa, João Moura e José Prates que lidaram quatro novilhos toiros Passanha, complementando-se a corrida com a actuação dos jovens praticantes Miguel Moura e António Prates perante novilhos Romão Tenório. Pelos forcados, os grupos de Cascais e de Beja repartiram entre si a tarefa das pegas.
Casa composta: Não só o maestro João Moura, tem o predicado de arrastar multidões, como também são muitos os aficionados que não perdem oportunidade para acompanhar o Grupo de forcados amadores de Beja (falamos de nós e dos nossos muitos amigos). Assistimos a um espectáculo agradável, com qualquer dos cavaleiros a rubricar actuações de bom nível, perante um lote de toiros que se deixaram tourear sem criar situações de embaraço. Os mais jovens cavaleiros, deram boa conta de si, prometendo-nos para o futuro a sua vontade de estarem em destaque no panorama taurino.
Ouve-se dizer com frequência que perder e ganhar tudo é desporto, sendo certo, que é muito diferente a cara de quem ganha do que a de quem perde: Estamos em crer que a metáfora se pode aplicar com toda a justiça à actuação do GFAB nesta corrida. Parabéns ao Grupo de Beja pela forma como esteve em praça e pela força decidida como agarrou os toiros: Se em apontamento anterior e sobre outra corrida, havíamos dito, que tínhamos visto um grupo timorato e hesitante, desta feita, presenciámos e aplaudimos um grupo confiante e determinado: Pelo exposto, após a corrida, o nosso semblante e o de inúmeros apoiantes do grupo, só podia ser de satisfação e alegria.
Hugo Santana, a quem carinhosamente apelidamos de moldavo, esteve excelente: brilhou na sua terra, mostrando técnica e saber, executou aquela que viria a ser a pega da tarde, com todo o grupo a ajudar de forma irrepreensível, sendo justamente distinguida pelo júri. Pela forma como todo o grupo desempenhou a sua função, tecnicamente perfeita, não resistimos em registar aqui a prestação de cada elemento, sendo que Luís Eugénio (Leiria) fez de forma eficiente a primeira ajuda, que os irmãos Mauro e Márcio Lança completaram nas segundas e os irmãos Brito Paes e Olavo Baião envolveram os anteriores de forma correcta. Miguel Nuno Sampaio, rabejou como é seu hábito.
Francisco Sampaio, citou e toureou o seu oponente com vontade e determinação: fechou-se bem na cabeça do toiro, concretizando uma vistosa e alegre pega. Estamos em crer que este forcado, pelo que lhe temos visto, poderá ser uma boa promessa para a próxima época: Assim o desejamos. A primeira ajuda esteve a cargo de Rodrigo Chaves, que uma vez mais se mostrou bem compenetrado do seu lugar e função. Aos irmãos Lança e Brito Paes se juntou João Graça para ajudar a consumar a tarefa: mais uma vez, Miguel Nuno Sampaio, cumpriu a rabejar.
E a tarde correria alegre e de feição para o GFAB: Luís Barbio, estreando-se à cara, esteve superior na frente do novilho, indo buscar o animal a terrenos de compromisso, citou, recuou bem e aguentou com garra, sendo feliz e eficiente na reunião. João Afonso a dar a primeira ajuda em nada comprometeu o forcado da cara, tal como Guilherme e Francisco Santos que desempenharam satisfatoriamente os seus lugares. Bom serviço de Bento Quadros e Costa a rabejar.
No global, actuação meritória de todo o Grupo de Forcados Amadores de Beja, não podendo olvidar-se de forma alguma certas revelações, particularmente nos conjuntos que pegaram o quarto e sexto da ordem: Parabéns a todos e assim pensamos que há grupo e gente com vontade de triunfar e ir mais além!
Como atrás referimos, o ambiente pós corrida foi de alegria e satisfação, quer para os forcados, quer para os seus familiares, amigos e acompanhantes, culminando esse notável ambiente, num magnífico e bem regado jantar, no qual, se viveram momentos de agradável convívio, que se prolongaram noite fora. Destaque especial para a “cerimónia baptismal” dos mais jovens elementos do GFAB, que teve como “oficiantes” o cabo actual, Manuel Almodôvar e o cabo fundador, João Caixinha, os quais iam fazendo a cada “iniciante” as respectivas “preces”, sempre adequadas ao momento e encorajadoras para o futuro.
Aproximando-se o fim da temporada, as expectativas continuam elevadas: Estamos certos que todos os elementos do Grupo de Forcados Amadores de Beja, saberão estar à altura das suas responsabilidades, defendendo primorosamente todos aqueles pergaminhos que muito dignificam e são essenciais na festa brava: Seriedade, humildade e lealdade.
Viana do Alentejo e Nª Senhora de Aires esperam-nos: Para lá e até lá …… Sorte moços!
Um abraço do Joaquim Estevens 20.09.2010

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