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domingo, 17 de agosto de 2008

Crónica da Corrida de Castro Marim

Corrida em Castro Marim – 14 de Agosto.

Perdoem-nos, mas vamos começar esta crónica pelo fim da jornada:
Agradável convívio entre a rapaziada, amigos e convidados; muito embora a relação qualidade / preço, do jantar, tenha ido para além das espectativas. Se o director de corrida tivesse que intervir neste particular, não teriam faltado oportunidades para uns “toquezitos” de aviso: mas adiante … o que importa é o são convívio e esse foi-o em pleno e isso é, tem sido e continuará a ser, uma tónica dominante no Grupo de Forcados Amadores de Beja. Bem hajam ... moços; continuem com a vossa simpatia e humildade, cativando amizades e “destroçando” alguns corações.

Falemos agora do nosso jantar convívio: Não cabe aqui debruçar-nos ou analisar todas as intervenções (discursos), mas não podemos nem devemos olvidar as palavras da “tia” Maria de Deus Valente (mãe do Gonçalo): As suas breves palavras, estamos em crer, traduziram e manifestaram todo o carinho e amor próprio das mães, que sentem e vivem com grande emoção a prestação dos seus filhos: Já aqui dissemos: Sempre que um forcado pisa a arena, o coração da sua mãe, contrai-se... aperta-se.
Maria de Deus: para si e para as mães de todos os forcados do Grupo de Beja e para as mães de todos os forcados, uma saudação terna e amorosa: Que Deus guarde e acompanhe sempre os vossos filhos! Igualmente de realçar, a bonita e rica intervenção do Dr. João António Palma: Daqui, lhe dizemos (julgamos): O grupo precisa e agradece (sem menosprezar ninguém), a colaboração e acompanhamento de pessoas como o senhor, conhecedoras das nossas tradições e amantes da Festa dos toiros. Não podíamos, obviamente, esquecer a intervenção de António Costa; forcado da “velha guarda” que sente, como tantos outros, com grande emoção, todas as pegas do grupo e à sua maneira e com sua simpatia, vai (sem atropelos) dando os seus conselhos. É justo dizer aqui; Os moços do Grupo de Forcados Amadores de Beja sabem dar ouvidos à veterania: Sim senhor ... bom sinal, assim sendo e assim continuando, chegarão mais longe ! João Marujo Caixinha, referencia histórica da forcadagem nacional e fundador do primeiro grupo de Beja, sempre acompanhando o actual grupo, fez-se ouvir, com toda a atenção e respeito que o seu “saber de toiros” merecem: Analisou com frieza e rigor, as pegas do Zé Miguel Falcão e do Luís Picanço, tal como dos ajudas: Estamos em crer, que as suas palavras foram, além de sabedoras, oportunas e muito importantes para o Grupo. Seria injusto, não referir aqui, a sentida e emocionada intervenção do forcado Zé Maria: ela traduziu toda a garra e todos os sentimentos de amizade que estão na base do Grupo de Forcados Amadores de Beja.

Dissemos de inicio que esta crónica começava pelo fim e assim sendo, dizemos que, coube ao Luís Picanço, a tarefa, “árdua” de pegar o último da noite . Um toiro de 475 Kg. da Ganadaria Brito Paes, aliás como todos os outros cinco antecedentes, que dava pelo nome de Xistra, foi lidado por Isabel Ramos. Lide a preceito com ferragem a condizer para um toiro sem maldade e a deixar-se tourear; lamentavelmente, o “nosso” Luís não conseguiria brilhar à primeira, tendo consumado à segunda, sem rigor e sem técnica. Mas, certamente outras oportunidades lhe surgirão para emendar, já que é manifesta a sua vontade e bravura. O terceiro da noite e igualmente lidado por Isabel Ramos, deu a José Miguel Falcão, a oportunidade de realizar uma vistosa pega à primeira tentativa: Esteve bem à frente do toiro com o Gonçalo Valente a ajudar com precisão.
Na tarefa de rabejar, o Zé Maria Brito Paes e o Miguel Sampaio, não deixaram os créditos por mãos alheias: Cumpriram e agradaram ! Falcão, dedicou com delicadeza e amizade a sua pega, ao Ganadero e Antigo Forcado, Joaquim Brito Paes.

Estiveram em praça três Grupos: Amadores da Moita, Amadores de Cuba e o nosso Grupo. Sem falsa modéstia ou vaidade bacoca, podemos afirmar que o Grupo de Beja tem estado à altura dos desafios que se lhe tem deparado, cumprindo e honrando com dignidade a sua jaqueta: Assim foi em Castro Marim.
Para além de Isabel Ramos, estiveram em praça os cavaleiros Luís Rouxinol e João Moura Caetano, acompanhados das respectivas quadrilhas. Isabel Ramos, foi alem do adágio popular: não fazendo um milagre (santos da casa não fazem milagres) esteve muito bem, toureando com à vontade encantou os seus conterrâneos e não só. Luís Rouxinol defendeu com brio os seus pergaminhos nos toiros que lhe tocaram em sorte.
Perdoem-nos a irreverência: João Moura Caetano, deveria escolher outros sítios para mostrar cavalos, já que foi mais o tempo que levou a montar, desmontar, sair e entrar em praça, do que levou a tourear. Seis cavalos para um toiro, em nosso modesto entender, parece-nos demais: Nas praças desmontáveis, também estão aficionados conhecedores e exigentes e o rigor não pode só ser imposto aos Grupos de Forcados, quanto ao número de tentativas para pegar o toiro ou quanto ao número de jaquetas na trincheira.

Castro Marim, vila Algarvia situada na margem direita do Guadiana, foi tomada aos mouros corria o ano de 1242: Com Espanha no outro lado do rio, foi fortaleza importante para os reis da nossa primeira dinastia, com especial destaque para D. Afonso III, que lhe concedeu o seu primeiro foral. Para o Grupo de Beja a corrida de Castro Marim foi importante por ser a primeira, após a sua apresentação na arena da nossa terra, Praça José Varela Corujo. Anuncia-se para trinta de Agosto, uma corrida em S. Mansos, terra de refinada aficion: estamos certos que o Grupo, saberá uma vez mais honrar dignamente a sua jaqueta, mostrando bravura e valentia nos toiros, lealdade e simpatia para com os seus amigos e acompanhantes. Até lá e para lá ...... Sorte Moços :
Um abraço do Joaquim Estevens











Um abraço do Joaquim Estevens
16.Agosto.2008


Tan ter Lan tan! Ole! Parabéns ao grupo de Beja

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