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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Crónica da Corrida de Beja

Corrida de Beja; Praça José Varela Corujo, 9 de Agosto.

Era com grande expectativa e não menos nervosismo que todos aguardávamos esta corrida, pelas razões que todos conhecemos. Se para os navegadores portugueses foi importante na altura, dobrar o Cabo da Boa Esperança, porque lhes abriria novos horizontes para o futuro, também para o Grupo de Forcados Amadores de Beja, a apresentação na praça José Varela Corujo se revestia de um significado importante. Após várias e diversas actuações, o Grupo faltava-lhe a apresentação na Praça maior da sua terra, mostrando-se aos seus amigos e aficionados, não o tendo já feito, pelas razões de todos conhecidas. È justo realçar que o cabo Manuel Almodôvar, teve arte e empenho, para manter unido o grupo, sabendo esperar e acreditando convictamente que a apresentação na Praça José Varela Corujo seria uma realidade. Em Agosto de 1975, pela mão de João Marujo Caixinha, apresentou-se o Grupo: Em Agosto de 1984, sendo cabo Luís Moura, o Grupo suspendeu a sua actividade: Ontem, vinte e quatro anos depois, o Grupo de Forcados Amadores de Beja, renasceu e mostrou à aficion que tem força e valores para dar continuidade ao sonho, podendo no futuro assumir outras e maiores responsabilidades.
Com casa a cerca de ¾ (talvez a antecipação da data seja responsável por esse facto) iniciou-se a corrida, cumprindo-se o cartel anunciado: Os cavaleiros, Rui Salvador,
Luís Rouxinol e João Salgueiro, lidaram um curro de toiros da Ganadaria Cunhal Patrício, o qual com boa apresentação, teve um comportamento bastante aceitável.
No geral, qualquer dos três cavaleiros, teve actuações de bom nível, executando as sortes adequadas às características de cada toiro. A Banda da Sociedade Filarmónica Capricho Bejense, ia sublinhando com os seus acordes o desenvolvimento das lides. O público não regateou aos cavaleiros, aqui e além, os merecidos aplausos.
O cabo Manuel Almodôvar, quis fazer jus à tradição: No segundo da noite e perante um toiro que se manifestou tardo na investida, após colocação noutros terrenos, pegou à primeira tentativa. A ajudar esteve bem o Jeremias Távora, tal como todo o Grupo.
Já aqui tínhamos dito que o forcado João Fialho era um forcado promissor: É sim senhor e nós lembramos-nos bem dos primeiros treinos onde apareceu. A ele coube a tarefa de pegar o quarto da noite e segundo do Grupo de Beja: Com uma primeira ajuda de muito bom nível dada a preceito pelo Rui Saturnino, consumou uma vistosa pega, a qual, respeitosamente dedicou ao cabo fundador, João Marujo Caixinha.
Nem sempre se consegue pegar à primeira e tal facto não pode retirar brilho e valentia ao forcado. O Ricardo Soares, não conseguiu consumar a sua prestação à primeira tentativa, tendo vindo a consegui-lo à quarta tentativa; mas é justo dizer-se, que esteve sempre bem à frente do toiro, mostrando garra e valor, com o grupo a corrigir – se, já que à cara, não havia problemas.
Uma palavra e saudação amiga para o “Grupo da Cuba”: Eduardo Mimoso esteve excelente e o Cabo José Horta, uma vez mais, mostrou a sua experiência. Sentimos-nos bem, quando acompanhamos com gente boa, séria e humilde, que sabe honrar com valor, lealdade e sem atropelos, a sua jaqueta. “Aquele” nosso abraço para eles!
Dobrado o Cabo da Boa Esperança, outros mares se depararam:Reapresentado ou representado o Grupo na Praça José Varela Corujo, outras praças e outros públicos nos esperam. È nossa convicção profunda que o Grupo, saberá com a sua humildade e dedicação, estar à altura das suas responsabilidades: E quando lá chegarmos ….. Sorte Moços …. Um abraço do Joaquim Estevens / 10.Agosto.2008


Tan ter Lan tan! Ole! Parabéns ao grupo de Beja

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