Elementos

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Corrida da Ovibeja- Por Joaquim Estevens

Corrida da Ovibeja 2010
Quando em 1 de Maio de 2008 se apresentou um punhado de rapazes cheios de vontade e determinação para reerguer o Grupo de Forcados Amadores de Beja, desde logo e como sempre, apareceram os costumados velhos do Restelo, aves de mau agoiro, que em nada ajudam, senão contribuir, para a desmotivação: Felizmente, as prestações que verificámos assiduamente ao longo de duas temporadas, encarregam-se de fazer história e tal como no tempo das descobertas, a vontade e o crer falaram mais alto.
Está o Grupo de Beja já na sua terceira época, na qual, com toda a certeza irá trilhar o caminho destinado aos Grupos já sobejamente afirmados. Essa longa caminhada, iniciou-se ontem, dia 1 de Maio, data em que, se outras razões não houvessem comemorar-se-ia o segundo aniversário da apresentação do Grupo: Podemos dizer que as comemorações, decorreram em perfeita alegria e da melhor forma, apresentando-se um grupo, coeso, confiante e determinado, que deixa desde já antever que vai estar à altura das suas responsabilidades futuras.
Como é nosso hábito, não fazemos aqui uma descrição exaustiva do espectáculo, nem essa é nem será a nossa função, antes sim, exprimir aqui devotadamente o espírito de entrega que desde sempre têm norteado os rapazes das jaquetas. Anunciou-se (algo tardiamente) uma sensacional corrida de toiros e o publico aficionado não se fez rogado, tendo acorrido em bom número, quase lotando (3/4 fortes) a velhinha Varela Crujo: Para os cavaleiros António Telles e Diego Ventura, esperava-se e o publico merecia, outro curro de toiros que não este. Em nossa modesta opinião, a nova empresa gestora da praça, podia e devia ter tido outro cuidado no curro apresentado, o que certamente teria proporcionado um outro espectáculo. Pelo factor toiro, o cavaleiro da Torrinha, em qualquer dos que lhe tocaram em sorte, não conseguiu sacar o triunfo a que já há muito habituou a aficion. Estava o publico cioso de ver Ventura, mas este, e também devido às características dos oponentes, não conseguiu realizar e montar o seu tão característico espectáculo, ainda que tivesse tido alguns momentos em que verdadeiramente empolgou o publico. Os grupos de forcados amadores de Cascais e Beja, repartiram a função das pegas.
A Ricardo Castilho caberia a tarefa de pegar o segundo da tarde: Citou com vaidade e esteve bem na frente do toiro, que após a reunião levantou a cabeça, sendo determinante e oportuno o primeiro ajuda, Rui Saturnino, que com muito técnica e sabedoria, agarrou o piton, permitindo que todo o grupo se fechasse de forma correcta e eficaz. Em gesto muito nobre, o forcado José Miguel Falcão, dedicou a pega do quarto da tarde ao antigo forcado do Grupo de Beja, Francisco Paixão. Pega consumada com êxito à primeira tentativa, já que o forcado toureou e mandou, recuando bem e fechando-se com técnica e valor no momento certo: também aqui o grupo mostrou rigor e disciplina. Após alguma dificuldade na colocação do toiro, Hugo Santana consumou à primeira tentativa a última pega da tarde: Citou de largo e aguentou a investida do toiro, com a ajuda de António Merino, que mostrou querer estar mais vezes nesse lugar: certas as segundas de Rui Saturnino e Augusto Silva e Miguel Sampaio exuberante a rabejar. Nota alta para a disciplina, coesão e rigor demonstrados pelo grupo, quer entre barreiras quer na arena, o que obviamente se destaca e em muito dignifica e enobrece todos os seus elementos.
Terminada a corrida e como habitualmente decorreu o já habitual jantar convívio, ocasião sempre aproveitada para ouvir “de sua justiça”, os forcados e seus familiares, convidados e acompanhantes. Cada qual à sua maneira, com mais ou menos dotes de oratória, todos expressaram livre e sinceramente palavras apropriadas ao dia e à prestação do Grupo. O cabo Manuel Almodôvar, encerrou o jantar, proferindo um breve discurso, no qual traçou uma perspectiva do que vai ser o grupo no futuro e bem assim das responsabilidades que se avizinham.
Pelo que nos foi dado verificar nesta corrida e por aquilo que temos acompanhado, estamos em crer que não havendo corridas fáceis, o Grupo está motivado e consciente das suas responsabilidades, para se superar a si próprio, honrando com muito saber e dedicação a sua jaqueta.
Para a época que agora começou e para sempre….. Sorte moços !
Um abraço do Joaquim Estevens.

1 comentário:

Anónimo disse...

ficou no ar a facilidade dos toiros,será q os ajudas n sendo eficazes sem entrar nas alturas certas e os caras sem serem perfeitos nas reuniões td seria igual?sinceramente n acredito,a facilidade é relativizada com a entrega,a vontade de fazer bem,o espirito de entreajuda e pela forma de estar à fente dos toiros.Sábado reunimos td isto,como poderia correr mal?parabens a tds,mm os q torceram por nós na bancada,como sempre,tds são importantes,TODOS!!!um abraço e parabens ao GFA DE BEJA.
Gonçalo Valente