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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Crónica do Festival de Serpa

SERPA … … Vila Branca de antigamente, hoje jovem cidade, sede de concelho que nos separa dos “nuestros hermanos”, engalanou-se para celebrar condignamente as Festas da sua Padroeira, que como habitualmente, se realizaram no fim-de-semana pascal.
Para além dos seus filhos, são inúmeros os forasteiros, que nesta ocasião visitam e revisitam Serpa de Guadalupe, que a todos acolhe com singela e particular hospitalidade. Do programa de Festas em honra de Nossa Senhora de Guadalupe, obviamente que não podia faltar a festa de toiros. A Festa Brava, empresta sempre o seu brilho e emoção às mais diversas e nobres causas. O filantropismo é apanágio do mundo taurino e a aficion não se faz rogada: Foi isso que constatámos Sábado, 11 de Abril em Serpa. Os Bombeiros Voluntários locais, promoveram um Festival Taurino, cuja receita reverteu a favor da compra de uma ambulância: O público, aficionado, compareceu e quase lotou a praça, para assistir a um espectáculo onde actuaram os cavaleiros António Telles, Luís Rouxinol, Sónia Matias e Filipe Gonçalves e os matadores Juan Pedro Galan e José Luís Gonçalves. Os Grupos de Forcados de Moura e Beja completaram a actuação dos cavaleiros.
O cavaleiro de Coruche abriu a corrida, toureando um mansote com alguns problemas, mas o seu talento e saber permitiram-lhe ultrapassar as dificuldades evidenciadas pelo touro. Aceitável a actuação de Luís Rouxinol; Sónia Matias com o cavalo árabe esteve em muito bom plano, tendo recebido justas ovações. Quanto a Filipe Gonçalves, pensamos que talvez tenha exagerado nos adornos imprimidos à lide. O matador espanhol não conseguiu uma boa faena, porquanto o toiro se revelou com pouca chama e de fraca têmpera: Já, José Luís Gonçalves perante um toiro Varela Crujo rubricou uma boa actuação a qual o publico sublinhou com fortes aplausos.
Os toiros que tocaram em sorte a António Telles e Sónia Matias foram pegados pelo Grupo de Moura, respectivamente à primeira e terceira tentativas.
O toiro da ganadaria Ascensão Vaz, lidado pelo cavaleiro Luís Rouxinol, foi pegado de forma correcta pelo forcado Mauro Lança, que teve a ajudá-lo em lugar preciso Jeremias Távora. A segunda intervenção do Grupo de Forcados Amadores de Beja, desta feita, no toiro da Ganadaria Luís Cabral lidado por Filipe Gonçalves, esteve a cargo do forcado Hugo Santana, a que vulgarmente e com amizade chamamos de Moldavo. Parabéns …esteve bem e bem esteve a ajuda de Álvaro Sampaio.
Pensamos que esta corrida ou este festival, teve um sabor muito especial para todo o Grupo de Beja, porquanto tudo correu bem e perante pessoas que nem sempre estiveram do nosso lado. Os forcados Mauro Lança e Hugo Santana, tiveram excelentes prestações; os ajudas, quer primeiras quer segundas, estiveram em muito bom plano. O grupo esteve coeso e homogéneo, mostrando saber e valentia para resolver as situações que possam vir a surgir. Parabéns ao Cabo Manuel Almodôvar que tem sabido congregar à sua volta estes rapazes: cada qual com as suas valências, virtudes e defeitos, têm sabido honrar condignamente a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Beja.
A vida de um Grupo de Forcados não é feita de facilidades: Terminada uma corrida…… logo se começa a pensar na próxima a qual tem de ser sempre encarada como mais difícil e mais pesada, já que os toiros só se conhecem e manifestam devidamente quando saem à praça. A próxima corrida do Grupo de Forcados Amadores de Beja é por variadas razões uma corrida de responsabilidade: A corrida do próximo dia 2 de Maio, ou corrida da Ovibeja, deverá ser para o grupo o seu exame de confirmação, já que comemora o seu aniversário e divide cartaz com um grupo de primeiro plano da forcadagem nacional: O Grupo de Montemor!
Até lá ……… Sorte moços!
Um abraço do Joaquim Estevens

1 comentário:

zemariabp disse...

Caro Sr. Estevens, permita-me dize-lo mas chamar de "mansote" ao novilho Passanha parace-me muito desapropriado. Mais ainda discordo qaundo descreve o terceiro da tarde como de "pouca chama e de fraca têmpera"! Não seria este o mansote, para não lhe chamar outra coisa?
Um abraço e parabens pelas suas crónicas!