Elementos

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Crónica da Corrida de Entrdas

Entradas, 25 de Julho de 2008.

Entradas é uma freguesia importante do concelho de Castro Verde que demarca o mesmo e o de Beja, tal como o de Aljustrel. Esta simpática vila que já foi sede de concelho (1836) e que ostenta um interessante património religioso (Igreja Matriz do século XVIII, Igreja da Misericórdia do século XV e a não menos importante Capela da Senhora da Esperança do século XVI) é marco importante no património natural, já que, nos campos e áreas circundantes, se encontram várias espécies avícolas, sob o regime de protecção ambiental, como é o caso da abetarda, ave estepária que tem nestas zonas o seu habitat natural. A designação de Entradas, não está claramente definida: Se para uns significa a entrada de D. Afonso Henriques no reino dos Mouros (para a Batalha de Ourique), para outros (e nós estamos nessa) significa a saída das terras de barro para a entrada no “ Campo Branco”: terra de boas pastagens, destino dos grandes rebanhos de ovelhas, que nos séculos (de que há escritos, “transumancia”) XV e XVI, demandavam as zonas de Entradas, Castro Verde e Ourique, oriundos das zonas mais frias e inóspitas do país (Serra da Estrela e outras). Depois deste pequeno intróito “histórico-cultural” (perdoar-nos-ão a imodéstia), vamos lá então falar do e sobre o tema a que gostosamente estamos devotados: As corridas de toiros onde o nosso Grupo está presente! Desta vez, Entradas!
Corrida anunciada (e realizada) com os cavaleiros Joaquim Bastinhas, Tito Semedo e Rui Fernandes, para lidar um curro da ganadaria São Martinho. Para a função Homem/Toiro, perfilaram-se três grupos: São Mansos, Cuba e Beja.
Conforme já anteriormente temos referido e sem querer analisar a prestação particular dos intervenientes, ousamos dizer: O cavaleiro de Elvas, não esteve no seu melhor, já que os animais que lhe tocaram em sorte, não lhe permitiram uma actuação como lhe é peculiar: no entanto, não desmereceu alguns aplausos do público. Tito Semedo (praticamente na sua terra), cravou ferros de bom nível, quer no 2º quer no 5º da noite: . No intervalo da corrida, a organização, homenageou o cavaleiro de Santana da Serra, pelos seus 15 anos de alternativa. O público brindou o homenageado com fortes aplausos. Rui Fernandes, toureou e encantou: Com a sua alegre forma de bregar e citar, esteve bem a cravar e a rematar, pelo que o publico foi demonstrando ao longo das lides grande satisfação e alegria, remetendo-lhe inúmeros aplausos, tanto nas lides, como também nos passeios de agradecimento!
Se na semana passada, nos havíamos deparado com toiros da ganadaria Santiago, esta semana e nesta corrida, das Festas em honra de Santiago, padroeiro de Entradas, os toiros lidados, foram da Ganadaria de São Martinho: É caso para dizer: andamos com os Apóstolos e enquanto andarmos com Eles, andamos bem, cumprindo e sem problemas de maior. Neste particular e para pegar o terceiro da noite, um toiro de quatro anos com cerca de quinhentos quilos, saltou à arena o promissor (como já temos dito) João Fialho: Pegou à segunda tentativa, com muito brio e garra, um toiro que inicialmente se defendeu e procurou o forcado não permitindo que este se fechasse e consumasse a pega. O João Fialho esteve sempre bem na cara do toiro, com o grupo a ajudar à “maneira”: Destaque especial para o primeiro ajuda Jeremias Lencastre, que uma vez mais, evidenciou experiência!
E para o último da noite (na qual, igualmente, não faltaram emoções fortes e nós que o digamos), Ricardo Castilho foi o forcado nomeado: Uma vez mais, tal como em Vila Nova, o forcado esteve bem. Se em Vila Nova, não obstante a sua “galhardia” não conseguiu concretizar a pega, em Entradas, consegui-o à terceira tentativa: Feito que realizou com muita arte e emoção, perante um toiro que desde inicio revelou alguns problemas quer ao capote, quer ao cavalo: A ajudar, o grupo esteve em pleno com o Rui Saturnino a rubricar uma excelente e notória actuação. O cabo Manuel Almodôvar, demonstrou e deu uma confiança extrema no Ricardo Castilho, o qual, estamos em crer, tem garra de forcado e terá que estar preparado para outras chamadas: Daqui lhe dizemos, com toda a esperança e grande
Amizade …. Sorte… Moço!

E a “croniqueta” já vai longa…. A corrida esteve no seu global em bom nível:
Sem esquecer ou menosprezar o Grupo de São Mancos, uma palavra de apreço, estimulo e carinho para com o “ Grupo da Cuba”: Uma vez mais, o seu cabo José Horta, esteve à altura, mostrando e demonstrando as suas capacidades.
E parabéns à organização (Rádio Castrense), a qual, temos constatado, não se tem poupado a esforços no sentido de melhorar o evento, este na sua nona edição, pelo que é já uma referência reconhecida e aceite no calendário taurino do Baixo Alentejo: Bem haja e que continue!

Depois dos Santiago em Vila Nova, dos São Martinho em Entradas, esperam-nos no dia de São Lourenço, em Beja (9/Agosto) outros que não devemos classificar antecipadamente: Os Cunhal Patrício! Lá estaremos …… O grupo há-de saber estar e não desmerecer a confiança que os amigos e a aficion lhe vão dedicando!

Sorte moços ……. Um abraço do
Joaquim Estevens
27.07.2008


Tan ter Lan tan! Ole! Parabéns ao grupo de Beja

domingo, 20 de julho de 2008

Crónica da Corrida de Vila Nova da Baronia

Corrida de Toiros em Vila Nova de Baronia.
Na passada sexta feira, a 18 de Julho, a simpática Vila Nova, também conhecida por Vila Nova de Alvito, mostrou à aficion que é possível realizar espectáculos tauromáquicos sérios, mesmo em praças desmontáveis, bastando para tal, que as organizações se empenhem a fundo nos condimentos necessários à Festa. Compareceram acompanhados das respectivas quadrilhas, os cavaleiros Tito Semedo, Rui Fernandes e Sónia Matias, para lidar um curro de toiros da Ganadaria Santiago.
Com a espinhosa missão de pegar o dito, apresentaram-se os Forcados de Cascais, Pinhal Novo e Beja.
Santiago, nome de um apóstolo de Jesus Cristo, figura importante do Cristianismo que é venerado e adorado em toda a península ibérica, é patrono de várias artes e oficios: Assim sendo e por associação de ideias, seria suposto que o nome Santiago nos levasse a pensar em algo de terno, algo de benévolo, algo de bom, etc. etc. Levava sim senhor, se não tivéssemos visto os “ Santiagos “ da Corrida de Vila Nova. Tivemos oportunidade de apreciar um curro de toiros, homogéneo, com características muito próprias, com bravura , peso e apresentação (q.b.), sendo que alguns, nem sempre permitiram as melhores lides e sortes, que os cavaleiros tentavam e o publico esperava.
Nota alta para o cavaleiro Rui Fernandes, cujas as actuações foram de muito bom nível, pelo que o publico o premiou com fortes ovações e aplausos. Se as coisas correram, de uma maneira geral, de feição para os cavaleiros, já que todos, tiveram alguns bons momentos, o mesmo, já não podemos dizer sobre os forcados, que tiveram uma noite muito dura e difícil. A missão foi efectivamente muito espinhosa para os três grupos.
Não é nosso hábito, analisar aqui as prestações dos outros grupos, focando-nos, isso sim na performance do Grupo de Forcados Amadores de Beja.
Esta corrida, era a corrida que faltava ao nosso grupo, já que até aqui, tudo tinha sido e corrido sem dificuldades de maior, podendo gerar-se alguma sensação de facilitismo. Entendemos considerar esta corrida, na qual houve peso e bravura, tal como outras que certamente , se lhe hão-de seguir , como uma experiência para todos: Há que tirar delas as devidas ilações para o futuro. Foi Ricardo Soares, quem tentou pegar o terceiro da noite: conseguiu-o à terceira tentativa, viajando na cabeça de um toiro que se arrancava com uma investida franca e veloz, parando junto às tábuas com o grupo a ajudar e a corrigir as insuficiências anteriores. Ao grupo de Beja, estava destinada a missão de pegar os toiros de Sónia Matias: Assim, para o último da noite, outro Ricardo se aprestou: este, o Castilho, não obstante ter estado alegre e franco na cara do animal, não conseguiu consumar a pega, o que viria a acontecer, pelo forcado Alcides Cochilha, que evidenciou técnica e experiência para dominar um touro cheio de sentido.
Não obstante as dificuldades que o grupo sentiu e viveu nesta corrida, devemos salientar a sua coesão e espírito de entre ajuda: mensão especial para a prestação da ajuda Jeremias Lencastre, do Olavo Baião e do Cabo Manuel Almodôvar a rabejar.
Uma palavra de apreço muito especial, para o publico que lotava a praça, o qual soube sempre entender, dar o seu apoio e carinho a todos os Forcados, esquecendo e relevando os momentos menos bons que alguns passaram.
Como sempre temos dito a vida dos toiros não é fácil…. Estaremos sempre connvosco!
Sorte moços ……. Um abraço do
Joaquim Estevens
19.Julho.2008


Tan ter Lan tan! Ole! Parabéns ao grupo de Beja

domingo, 13 de julho de 2008

Crónica da Corrida da Vidigueira

Vidigueira :
Vila do nosso distrito onde abundam nomes ilustres da história de Portugal: Cite-se aqui e só a titulo de exemplo: Vasco da Gama, O navegador, que não sendo natural da Vidigueira (era de Sines), foi Conde da Vidigueira, em recompensa pelos feitos praticados no tempo de El Rei D. Manuel. No século XIX, andou por este concelho e limítrofes, Fialho de Almeida, figura impar da literatura alentejana, ainda hoje, recordado em todas as Escolas e tertúlias do e sobre o Alentejo. Mais recentemente e sobre o tema que aqui nos traz, não podemos olvidar os nomes de António Maltez, José Maltez, José Pedro Faro, Carapeto Madeira, Armando Vidigueira e António Mendes Pinto (certamente, outros existirão, cujo nome neste momento não nos vem à memória), que deixaram o seu nome gravado com letras do mais fino recorte, nas páginas do livro da forcadagem nacional.
Uma nota de apreço para eles! Como dizia o poeta: Bendita a terra que tais filhos tem!
Depois desta pequena introdução que nos parece justa e adequada, falemos então da 1ª
Grande Corrida dos Gamas, que se realizou dia 11 de Julho. Compareceram, como estava anunciado, os cavaleiros Luís Rouxinol, Marcos José e Rui Fernandes, que lidaram seis novilhos / toiros da Ganadaria António Charrua: Com a missão de evento em apreço, quis-nos parecer, que o mesmo decorreu de forma muito agradável.
Os toiros / novilhos, com bom aspecto e apresentação, cumpriram mostrando bravura e nobreza q.b., possibilitando aos cavaleiros actuações fáceis, alegres e vistosas. Seguindo nesta ordem de ideias, não nos pertence e por dever de oficio, não nos cabe escrever sobre o grupo que nos acompanhou: O Grupo “ da Cuba”, igualmente terra de boa gente e onde guardamos grandes e bons amigos. Será injusto, esquecer aqui a prestação do forcado Luís Calado: Boa pega.... Valente pega.... Sim Senhor .... Esteve bem... mandando, toureando e depois aguentando: Parabéns !
E agora .... ??? falemos de nós !!! Em meu entender, vencemos com brilho, mais uma etapa da nossa história. O Grupo de Forcados Amadores de Beja, apresentou-se com aquela dignidade e aprumo que se impõem, com a disposição própria de quem quer reconquistar (porque o GFAB já lá esteve) um lugar cimeiro no panorama taurino nacional. Como já tivemos oportunidade de dizer / escrever, em apontamentos anteriores, o Cabo Manuel Almodôvar, conhece a matéria prima que tem ao seu dispor:
Assim, chamou à função e para ir à cara dos touros que nos tocaram em sorte, os forcados Aurélio Mendes, Mauro Lança e Alcides Cochilha. Estiveram bem; O Aurélio e o Alcides a consumar as respectivas pegas à primeira tentativa, evidenciando técnica e conhecimento: O Mauro Lança, pegou à segunda tentativa, tendo emendado o seu falhanço com muito aprumo e rigor, consumando uma bonita e vistosa pega, após o toiro ter sido colocado nos terrenos ideais. Se no último apontamento, havíamos dito, que o Ruben Baião nos causou alguma desilusão, hoje é justo dizer, que ele teve uma prestação notória na corrida da Vidigueira: Tanto ele como o José Maria Brito Paes,
estiveram bem a rabejar, tal como todo o grupo esteve à altura pretendida nas ajudas.
Tendo pegado com êxito os três novilhos / toiros que lhe couberam em sorte, o Grupo
de Forcados Amadores de Beja, sobe mais um degrau na escala dos Grupos De Forcados. Em nosso modesto entender, o Grupo de Forcados Amadores de Beja, por força do seu trabalho e dedicação, há-de atingir de modo próprio, o lugar a que tem direito, já que, parece não lhe faltar elementos com valor e força de vontade. Como já várias vezes temos dito, cada dia é uma lição e com elas temos de aprender: Estamos certos, que todos estão a aprender e desejosos de ultrapassar e pegar os próximos toiros. É bonito e gratificante, verificar o número de familiares e acompanhantes do Grupo de Forcados Amadores de Beja: Estamos e estaremos sempre convosco. Por favor não nos desiludam ! Sorte… moços!!
Um abraço do Joaquim Estevens !
13.Julho.2008

Tan ter Lan tan! Ole! Parabéns ao grupo de Beja

sábado, 12 de julho de 2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008

domingo, 6 de julho de 2008

Crónica da Corrida de Albufeira

Diz-se: O homem sonha, Deus quer e a obra nasce ! Neste particular, poder-se-à dizer:
Um grupo de rapazes sonha, Deus há-de querer e a obra há-de nascer ! É assim que o
Grupo de Forcados Amadores de Beja, vai dando os seus primeiros passos à frente dos toiros, aproveitando e gerindo todas as oportunidades que se lhe deparam.
No passado dia 4 de Julho, pelas 22 Horas, o Grupo, apresentou-se uma vez mais na Praça de Toiros de Albufeira, com a incumbência de pegar dois novilhos (bem apresentados) que foram lidados pelos cavaleiros Tiago Lucas e Alda Maria.
De forma esclarecida, o cabo Manuel Almodôvar, aproveitou este evento, para rodar, e
familiarizar com o público e com a arena, alguns forcados mais jovens ou menos experientes: É justo dize-lo, que se saiu bem, tendo mostrado que conhece os forcados que capitaneia e sabe adequá-los aos toiros que lhe vão saindo e que futuramente lhe hão-de tocar em sorte. Assim, a tarefa de pegar o primeiro da noite, coube ao forcado
Luís Picanço, que executou a mesma à primeira tentativa de forma alegre e vistosa. O forcado Miguel Nuno Sampaio, esteve à altura: Bem na cara do novilho, bem a citar e a fechar-se com técnica. Sem querer valorizar muito para não envaidecer, quer-nos parecer que estamos em presença de um forcado que pode ir muito longe, já que nos tem mostrado elevado potencial, sempre que é chamado à função ! Nota muito positiva para Álvaro Sampaio, que, como primeiro ajuda esteve bem, no local e momentos exactos em qualquer dos novilhos. A rabejar, esteve o forcado Ruben Baião, que não tendo estado mal de todo, podia ter feito melhor, como já algumas vezes lhe temos visto. Tendo em atenção as características do espectáculo e as intenções do cabo, a prestação do Grupo de Forcados Amadores de Beja foi nesta noite, aceitável.
Porque todos tem plena consciência das responsabilidades que lhe vão sendo atribuídas , com a aceitação de corridas, nas quais, é esperado mais peso, mais bravura e todas as dificuldades inerentes à festa, o Grupo, deslocou-se no Sabádo, dia 5 de Julho, ao Monte Velho, onde pastam as rezes da Ganadaria Brito Paes. Com a presença da anfitriã e madrinha do Grupo, Exma. Sra. D. Maria de Fátima Brito Paes, realizou-se um bom treino, no qual, foram testadas e ensaiadas algumas sortes. Pelos compromissos que o Grupo tem assumido para as corridas mais próximas, nas praças de Vidigueira, Vila Nova da Baronia, Entradas e Beja, o cabo Manuel Almodôvar, aproveitou este treino, para fazer alguns reparos e alertas a todos os elementos, com vista às prestações que se aproximam. Com três animais de bom porte e apresentação, o grupo teve oportunidade de treinar vários elementos: à cara, a ajudar, a sair, a rabejar, a emendar etc. Se foi importante a presença em Albufeira, para ganhar e transmitir confiança, não o foi menos, o treino do dia seguinte, o qual, prova o trabalho e dedicação de todos os forcados do Grupo de Beja.
Uma vez mais, a madrinha do grupo, Exma. Sra. D. Maria de Fátima Brito Paes, brindou o grupo e seus acompanhantes, com a sua já habitual e sincera hospitalidade, oferecendo, após o treino, um lauto repasto a que se seguiram momentos de fraterno e agradável convívio. Bem haja D. Maria de Fátima: Estou certo que o Grupo nunca a esquecerá !
Termino este apontamento, alertando para os dias difíceis que vos ( e nos, porque eu estou convosco) esperam, mas creio, que todos terão a “garra” suficiente para pegar com coragem e dignidade algum toiro mais mau. Sorte moços ..... um abraço do Joaquim Estevens !
07.Julho.2008


Tan ter Lan tan! Ole! Parabéns ao grupo de Beja